Ford ´queimou` R$ 61 bilhões em sua operação no Brasil e as multinacionais Volkswagen, GM e Toyota também acumulam prejuízos bilionários no país
Ford Motor acumulou um prejuízo de R$ 61 bilhões em operação brasileira. Os valores consideram os últimos anos e o montante que deverá ser pago para encerrar as atividades em três fábricas instaladas no Brasil. O montante foi revelado pela agência Reuters. Para se ter uma ideia, a americana torrou o equivalente a 610 mil EcoSport Titanium 1.5 AT 2021.
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Segundo a Reuters, “a Ford havia queimado US$ 7,5 bilhões (R$ 39,5 bilhões), a maior parte em prejuízos acumulados, mas também em algumas injeções de dinheiro, de acordo com os documentos arquivados no estado de São Paulo, onde a montadora está registrada no Brasil”.
Além desse valor, a agência levou em consideração mais US$ 4,1 bilhões (R$ 21,6 bilhões) que serão gastos no fechamento de três fábricas, com indenizações para mais de 5.000 trabalhadores e 300 concessionárias, totalizando US$ 11,6 bilhões, o equivalente a 61 bilhões de reais. As frequentes perdas levaram a Ford a decidir pelo fim da fabricação de carros no Brasil.
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Volkswagen, GM e Toyota também acumulam prejuízos bilionários no Brasil
Ainda segundo a Reuters, pelo menos outras três montadoras acumulam prejuízos bilionários no Brasil: “A Volkswagen Brasil acumula prejuízo de US$ 3,7 bilhões (R$ 19,5 bilhões) desde 2011, de acordo com os registros da Jucesp. A GM Brasil recebeu US$ 2,2 bilhões (R$ 11,6 bilhões) em injeções de dinheiro desde 2016 e a Toyota Brasil, no ano passado, recebeu perdão para US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) em dívidas com a matriz, mostraram os documentos”.
A reportagem da Reuters diz que a matriz socorreu a Ford Brasil com nove injeções de capital somente entre março de 2018 e janeiro de 2021, com um montante de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,8 bilhões). Segundo o jornalista Marcelo Rochabrun, que assina a reportagem da Reuters, os dados constam dos arquivos da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp).
Nos últimos oito anos, cada carro vendido pela Ford no Brasil significou um prejuízo de cerca de R$ 2 mil (R$ 10,5 mil). A Reuters aponta dois “culpados” pelo prejuízo bilionário da Ford: o ambiente de negócios e a própria empresa. Entre 2011 e 2019, a Ford aumentou em cinco vezes as vendas de carros para frotistas, com descontos de 30% ou mais. “Um estudo de 2019 da PwC descobriu que vender um carro mexicano no Brasil era 12% mais barato para uma montadora do que vender um veículo feito localmente, incluindo custos de produção, impostos e logística”, explicou a reportagem.
Após interromper produção de veículos e largar o país, Ford Motor desembarca 450 carros no porto do ES e vai trazer 30 mil veículos para o Brasil produzidos em fábricas no exterior
Após deixar de fabricar veículos e fechar suas fábricas no Brasil, a montadora Ford Motor passa a importar veículos pelo Porto de Vitória. Na semana passada, aconteceu o desembarque de 450 carros, que chegaram ao Estado pelo navio Torrens. A estimativa é de que cheguem ao Brasil, via Espírito Santo, aproximadamente 30 mil carros por ano.
Na última terça, 18 de maio, chegaram ao porto de Vitória os primeiros veículos da montadora americana. Antes, a Ford trazia seus carros através da Baixada Santista e Bahia.
Agora, o Terminal Portuário de Vila Velha (ES) será a única porta de entrada da Ford no Brasil. Segundo a Log-In Logística, empresa responsável pela operação, o complexo receberá, anualmente, cerca de 28 mil e 30 mil carros da empresa americana.
Assim como a icônica Kombi da Volkswagen, nova legislação faz desaparecer, ainda este ano, o Uno, Doblo e o Grand Siena da Fiat
Segundo o jornalista Fernando Calmon, colunista do Portal AutoPapo, a multinacional Fiat terá que encerrar a produção de Uno, Doblo e Grand Siena. Isso pois, a partir de janeiro de 2022, passará a valer uma nova fase do Proconve, a L-7, e os três modelos da montadora italiana vão desaparecer pelas novas exigências de emissões do controle ambiental, assim como aconteceu em 2014 com a icônica Kombi da Volkwsagen, pelas exigências de airbags e freios ABS.
Segundo Calmon, a fábrica da Fiat não acha que vale a pena investir em novos tanques e sistema de alimentação nestes carros para cumprir os novos limites de evaporação proveniente dos tanques de gasolina e etanol.