Embora muitos não percebam, o problema nos câmbios automáticos da Jeep e Fiat é mais comum do que se imagina. Descubra os detalhes dessa falha crítica que pode afetar sua próxima visita à oficina.
Modelos da Jeep e da Fiat com motor T270 vêm apresentando falhas recorrentes relacionadas ao trocador de calor da transmissão, levantando um alerta em oficinas e entre os motoristas.
De acordo com o site O Mecânico, veículos como o Jeep Renegade, Compass e a picape Fiat Toro, todos equipados com o motor T270 turbo flex, têm gerado preocupação por conta de um problema recorrente envolvendo o trocador de calor da transmissão automática.
De acordo com relatos de mecânicos e profissionais do setor, a falha consiste na mistura entre o líquido de arrefecimento e o óleo de câmbio, o que pode causar sérios danos à caixa de transmissão e, consequentemente, altos custos de reparo.
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Apesar de o componente ser essencial para o resfriamento do sistema de transmissão, ele tem se tornado um “vilão” frequente em oficinas mecânicas de todo o Brasil.
A principal queixa é a contaminação cruzada entre os dois fluidos, algo que compromete diretamente o funcionamento do veículo e que, se não for tratado a tempo, pode levar à troca completa do câmbio.
SUVs e picapes populares com histórico mecânico controverso
A popularização dos SUVs no Brasil fez com que modelos como Jeep Renegade e Compass se tornassem presenças constantes nas ruas e também nas oficinas.
Lançado em 2015, o Renegade ultrapassou 500 mil unidades vendidas e, ao longo dos anos, passou por diversas atualizações, inclusive mecânicas.
Atualmente, ele utiliza o motor 1.3 T270 turbo flex, com 176 cv e 27,5 kgfm de torque.
O Compass, por sua vez, chegou ao mercado brasileiro em 2016 e também foi equipado com o motor T270 em versões mais recentes.
Entre suas motorizações anteriores, destacam-se o 2.0 Tigershark flex e o 2.0 Multijet turbodiesel.
Segundo dados da Stellantis, o Compass acumulava 481.767 unidades vendidas até fevereiro de 2025.
Outro destaque é a Fiat Toro, que também compartilha a motorização T270 com os SUVs da Jeep.
A picape superou a marca de 500 mil unidades no país e recebeu diversas atualizações ao longo do tempo, incluindo um novo motor 2.2 Multijet turbodiesel derivado da Ram Rampage.
Por que o trocador de calor é tão problemático?
O trocador de calor atua no resfriamento do óleo da transmissão automática, mantendo sua temperatura estável e dentro da faixa de operação ideal — geralmente entre 86°C e 96°C, com limite de até 107°C.
O sistema funciona por meio de uma troca térmica entre o líquido de arrefecimento do motor e o óleo do câmbio.
No entanto, quando o sistema apresenta falhas, ocorre a mistura entre esses dois líquidos, o que compromete o desempenho tanto da transmissão quanto do motor.
Segundo relatos de profissionais da área, a situação pode se tornar grave principalmente quando o líquido de arrefecimento invade o câmbio, exigindo reparos complexos e caros.
Diagnósticos de campo apontam causas recorrentes
A Revista O Mecânico conversou com quatro profissionais que identificaram, em diversas ocasiões, que o problema se originava no trocador de calor.
Um dos entrevistados, o mecânico Carlos Eduardo Vieira — conhecido como “China” — destaca que a falha, muitas vezes, não está no componente em si, mas na qualidade dos fluidos utilizados.
“O grande vilão é a qualidade da composição do fluido de arrefecimento. Quando o cliente não utiliza a mistura correta de aditivo e água desmineralizada, o sistema começa a falhar”, explica China.
A substituição do trocador de calor como forma preventiva também virou tendência.
De acordo com Ícaro Simões, proprietário da Casalub Com. Lubrificantes, muitos clientes têm buscado oficinas para trocar o componente mesmo sem apresentar falhas, temendo que o problema apareça futuramente.
“Recebemos uma Fiat Toro 2024 e fizemos a troca do sistema original por um trocador com mais vias, de 6 ou 8, o que tende a oferecer maior segurança e durabilidade”, relata Ícaro.
A procura por esse tipo de serviço ocorre mesmo em veículos com quilometragem baixa, como 30 mil km, demonstrando a insegurança dos proprietários.
Um problema que exige atenção técnica e cuidados preventivos
Mecânicos alertam que a substituição do trocador de calor não é a única medida preventiva eficaz.
Manter a manutenção em dia, utilizar fluidos de qualidade e seguir rigorosamente as recomendações do fabricante são atitudes essenciais para preservar a integridade do sistema.
Outra recomendação importante é verificar periodicamente o estado do líquido de arrefecimento e o óleo do câmbio, observando qualquer sinal de contaminação.
Vazamentos, alterações na coloração dos fluidos ou mau funcionamento do câmbio são indícios de que algo pode estar errado.
Como evitar prejuízos maiores?
Especialistas apontam que o ideal é agir antes que o problema cause danos à transmissão.
Isso inclui realizar a manutenção preventiva com uso de fluidos adequados e evitar aditivos genéricos ou água da torneira no radiador.
Além disso, o diagnóstico precoce feito por um profissional capacitado pode impedir que o dono do veículo tenha que arcar com reparos que podem ultrapassar R$ 15 mil, dependendo do modelo.
Para veículos com o motor T270 turbo flex — como os mencionados da Jeep e da Fiat — a atenção ao sistema de arrefecimento e trocador de calor deve ser redobrada, especialmente em modelos com mais de 60 mil km rodados.
Montadora não se manifesta oficialmente sobre o tema
Até o momento, a Stellantis, grupo responsável pelas marcas Jeep e Fiat, não divulgou nenhum posicionamento oficial sobre os problemas relacionados aos trocadores de calor em seus veículos.
Embora não haja recall anunciado, a reincidência de casos nas oficinas tem levantado questionamentos sobre a durabilidade do projeto e a comunicação com os consumidores.
Enquanto isso, proprietários seguem buscando alternativas para aumentar a confiabilidade do sistema e evitar dores de cabeça com falhas inesperadas.
Você já teve algum problema com o câmbio automático do seu SUV ou picape? Acha que deveria haver um recall oficial para esses modelos? Compartilhe sua experiência nos comentários!
Que tipo de falhas podem ocorrer?
Recall dever ser urgente; peça trocador sem identificação técnica do fabricante; erro do grupo stellantis, consumidor não pode pagar por isso… JUSTIÇA JÁ!!!
Sou proprietário de um jeep compass ano 2018, como é tudo neste pais, uma insegurança até mesmo na compra de veículo zero km , e a irresponsabilidade daqueles que tem como responsabilidade de zelar pelo consumidor final .
Venho passando por esta preocupação já alguns anos a respeito deste trocador de calor, agora nesta data , 23/04/2025 , fui até a concessionária mostrando tal preocupação, que de imediato sugeriram a troca da peça como prevenção, a um custo de 2900,00 reais, sendo ai fora nas mecanica por 700,00 reais, isto porque já venho fazendo todas revisões na concessionária, inclusive trocando o líquido de arrefecimento em cada 2 anos , por um valor de 550,00, na concessionária, que é um absurdo. Então eu pergunto, qual seria o interesse de querer resolver um problema crônico da empresa, se eles acabam tento um lucro enorme com a troca desta peças, que tem que ser feito a cada 3 e 3 anos, ao preço de R$ 2.900,00 fora o líquido de arrefecimento em 2 e 2 anos ao custo de R$ 550 00, está conta não bate .
Então fica aqui a minha indiguinacao e meu pedido de socorro para aqueles que tem como fazer algo para amenizar a preocupacao daqueles que acreditaram na jeep e fiat.
Verdade , agora é curioso ter q trocar o fluido de refrigeração, tenho uma nissan frontier 2013 , e uso o aditivo original que veio nela , a dois anos tive um dano radiador e precisei trocar , comprei o radiador e levei pra trocar ,o mecânico retirou o fluido e recolocou o mesmo ,falou q estava em perfeita condição de uso , que não precisaria trocar , e só completou com 1 litro de água desmineralizada , e eu reparei q o fluido é oleoso , coisa q nunca tinha visto em nenhum aditivo q tenha comprado , quando fiz o motor de um trator , comprei o aditivo da nissan e coloquei nele , já está com 3 anos e realmente o fluido está como novo , sem nenhum sinal de contaminação, até retirei com uma seringa pra comparar a coloração e a viscosidade com o da caminhonete, está igual.
Substitui o trocador pelo radiador, eu fiz no meu já faz 2 anos, resolvi o problema, meu também é 2018 , fica muito mais encontra financiamento e de uma vez por toda vc soluciona o problema de vez , esse sistema tem nos jeep a diesel.