Aeroporto de R$ 1 bilhão tem menos de 10 passageiros diários. Estrutura grandiosa serve até para armazenar arroz. Um verdadeiro “elefante branco”!
O Você já ouviu falar de um aeroporto que mais parece uma cidade fantasma? Pois é, no Sri Lanka existe um gigante de R$ 1 bilhão que recebe menos de 10 passageiros por dia.
Mas como uma obra tão cara e ambiciosa se tornou quase inútil? A resposta está em um planejamento mal executado e em expectativas que nunca se concretizaram.
Localizado em Hambantota, a apenas quatro horas da capital Colombo, o Aeroporto Internacional Mattala Rajapaksa foi construído com a promessa de transformar a região em um polo turístico.
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Inaugurado em 2013, o projeto fazia parte de um conjunto de iniciativas presidenciais que, no papel, eram grandiosas.
Segundo fontes locais, o então presidente Mahinda Rajapaksa acreditava que o aeroporto seria um atrativo para turistas asiáticos e ocidentais, mas a realidade acabou sendo bem diferente.
Um aeroporto fantasma
A estrutura multimilionária, que deveria movimentar milhares de turistas e gerar desenvolvimento, agora é conhecida como o “aeroporto mais solitário do mundo”.
Com uma média de apenas 10 passageiros diários, o Mattala Rajapaksa tem terminais de carga aérea e balcões de check-in praticamente desertos.
“O local mais silencioso do mundo,” como foi apelidado, simboliza uma das maiores falhas de planejamento do país.
Promessas não cumpridas
De acordo com analistas locais, o projeto foi financiado por empréstimos chineses e tinha como objetivo impulsionar o turismo e a economia local.
Porém, os turistas nunca vieram. Mahinda Rajapaksa, presidente na época, vislumbrava hotéis, cassinos e outras infraestruturas para transformar a região. Mas, sem a demanda prometida, o local ficou às moscas.
Para agravar ainda mais a situação, os altos custos de operação e manutenção do aeroporto têm sido um fardo para o governo.
Com pouca receita proveniente de voos, os terminais de carga foram alugados para armazenar arroz da região. Sim, um aeroporto de R$ 1 bilhão armazenando colheitas!
Além disso, o estacionamento, originalmente planejado para centenas de aviões, agora serve como garagem para aeronaves não utilizadas.
Um futuro incerto
O destino do Aeroporto Mattala Rajapaksa continua indefinido. Segundo algumas fontes, empresas indianas e russas demonstraram interesse em assumir a administração do local.
No entanto, os detalhes sobre essas possíveis negociações ainda não foram divulgados. Enquanto isso, os balcões de atendimento permanecem desertos, e os voos raros fazem o aeroporto parecer um monumento ao desperdício de dinheiro público.
Lições a serem aprendidas
O “elefante branco” de Hambantota levanta questões importantes sobre planejamento e gestão de projetos públicos.
É um lembrete de que nem todo investimento em infraestrutura resulta em desenvolvimento econômico, especialmente quando as expectativas não correspondem à realidade.
Esse caso também alerta sobre os riscos de depender de financiamentos externos para projetos ambiciosos, sem garantir o retorno esperado.
E você, leitor, o que acha do desperdício de recursos em obras como essa? Será que o Aeroporto Internacional Mattala Rajapaksa ainda pode ser salvo? Ou vai continuar sendo um exemplo de promessas vazias? Deixe sua opinião nos comentários!