A China proibiu a exportação de minerais essenciais aos EUA e adquiriu uma das maiores jazidas do Brasil. Com terras raras valiosas em jogo, a transação levanta debates sobre soberania mineral, preços baixos e impactos estratégicos. Enquanto a tensão entre Pequim e Washington aumenta, o Brasil enfrenta o desafio de proteger suas riquezas naturais e valorizar seus recursos.
O cenário internacional está em ebulição. Em um movimento que promete intensificar ainda mais as tensões comerciais globais, a China tomou uma decisão que impacta diretamente os Estados Unidos, ao mesmo tempo em que amplia sua presença no Brasil.
Essa estratégia, que envolve o controle de minerais essenciais, traz à tona questões sobre soberania, dependência econômica e disputas de poder.
Afinal, o que está por trás dessa nova jogada de Pequim, e como isso pode afetar o Brasil e o mundo?
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Nesta terça-feira (3), a China anunciou a proibição das exportações de minerais essenciais, como gálio, germânio e antimônio, para os Estados Unidos.
Esses materiais têm aplicações militares e tecnológicas críticas, como na fabricação de semicondutores, cabos de fibra óptica, munições e baterias.
O bloqueio, que já havia sido parcialmente implementado em anos anteriores, é uma resposta direta às recentes sanções dos EUA contra o setor tecnológico chinês.
A nova arma na guerra comercial
De acordo com o Ministério do Comércio da China, os minerais afetados pela restrição possuem aplicações de “uso duplo”, ou seja, tanto militar quanto civil.
A ordem, que entrou em vigor imediatamente, também exige uma análise mais rigorosa do uso final de grafite, material essencial para baterias de veículos elétricos.
“Em princípio, a exportação de gálio, germânio, antimônio e grafite para os Estados Unidos não será permitida”, anunciou o órgão em um comunicado oficial.
A decisão reflete o tom cada vez mais agressivo da disputa entre as duas maiores economias do mundo, que disputam o controle das cadeias globais de suprimentos.
Esses minerais têm papéis vitais em tecnologias estratégicas. O gálio e o germânio são utilizados em semicondutores e equipamentos infravermelhos, enquanto o antimônio é crucial na fabricação de munições e armamentos.
Já o grafite é o principal componente das baterias recarregáveis, pilares da transição global para a energia limpa.
A dependência ocidental e o impacto global
Atualmente, a China domina a produção de grande parte desses minerais estratégicos.
Segundo a consultoria Project Blue, o país é responsável por 59,2% da produção mundial de germânio refinado e 98,8% de gálio refinado.
No caso do antimônio, a China produziu 48% do volume global extraído no ano passado, um dado que revela a dependência de outros países em relação ao gigante asiático.
O impacto dessas restrições já pode ser sentido nos mercados internacionais. Dados do provedor de informações Argus mostram que os preços do trióxido de antimônio, por exemplo, subiram 228% desde o início do ano.
Esse aumento de preços pode gerar uma corrida global por fontes alternativas, mas a escassez de depósitos exploráveis fora da China coloca o Ocidente em uma posição vulnerável.
Brasil na mira: o caso da mina de Pitinga
Enquanto os EUA enfrentam dificuldades para acessar minerais estratégicos, a China reforça sua influência na América Latina, especialmente no Brasil.
Um exemplo claro dessa estratégia é a recente aquisição da mina de Pitinga, localizada no estado do Amazonas.
Vendida por aproximadamente R$ 2 bilhões, a jazida abriga minerais como estanho, nióbio e terras raras, essenciais para tecnologias de ponta.
De acordo com especialistas, o valor da transação foi considerado baixo diante do potencial estratégico da mina.
Samuel Hanan, ex-vice-governador do Amazonas, destacou que o principal atrativo da Pitinga não é apenas o estanho, mas as terras raras, como o ítrio e o xenótimo.
Esses minerais são indispensáveis para a produção de baterias de carros elétricos, turbinas eólicas e dispositivos tecnológicos.
“O Brasil possui a segunda maior reserva de terras raras do mundo, mas, infelizmente, carece de tecnologia e políticas que valorizem esses recursos.
É por isso que acabamos entregando nossas riquezas a empresas estrangeiras”, afirmou Hanan em entrevista recente.
O debate sobre soberania mineral
A venda da mina reacendeu o debate sobre a soberania mineral do Brasil e a necessidade de políticas públicas mais robustas para proteger os interesses nacionais.
“Mineração não é renovável. Estamos falando de bens finitos e estratégicos. Não basta vender barato; é preciso garantir transparência e arrecadação justa”, enfatizou Hanan.
Além disso, o governo do Amazonas se posicionou a favor de investimentos estrangeiros, desde que respeitem as leis ambientais e gerem desenvolvimento econômico local.
No entanto, especialistas alertam para os riscos de depender excessivamente de parceiros externos sem assegurar contrapartidas que beneficiem a população brasileira.
Consequências para o futuro
A crescente disputa entre potências globais pelo controle de minerais essenciais coloca o Brasil em uma posição estratégica no cenário mundial.
Enquanto a China se consolida como a maior produtora e controladora desses recursos, os Estados Unidos enfrentam desafios significativos para diversificar suas cadeias de suprimentos.
Por outro lado, o Brasil parece estar à margem dessa disputa, com recursos valiosos sendo vendidos por valores considerados baixos e sem uma política clara para aproveitar essas riquezas em benefício próprio.
Como o país pode reverter esse cenário e garantir um futuro mais promissor para sua economia?
Essa venda desta jazida para a China, teve anuência do Congresso ou o Presidente pode ir vendendo o Brasil pra quem quer comprar?
A China comprou mesmo? Onde? Quando? Quem vendeu? Pelo que sei, isso é “fake”.
Será que é tão difícil de entender? Se não temos tecnologia para transformar esses **** em produtos de alta tecnologia, então que os deixemos no nosso subsolo, para que os aproveitemos no futuro quando as outras nações já não os tiverem mais!
Afinal, quem toma a decisão de vender uma mina de minérios raros?
É bom verificar nos paraísos fiscais se não existe alguma conta gorda em nome desses indivíduos!