Enquanto a energia limpa cresce em todo o mundo, a queda nos investimentos na produção de petróleo e gás pode ocasionar uma grave escassez global
Igor Sechin, CEO da petrolífera russa Rosneft, segunda maior produtora de petróleo do mundo, alertou neste sábado, no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo, que o mundo pode viver uma grave escassez do produto por conta do “fascínio” dos países ocidentais com a energia limpa. O motivo principal seria o subinvestimentos no setor de petróleo e gás ao redor do globo.
O CEO da Rosneft alertou que, ao mesmo tempo que os países investem em energia limpa, a demanda de petróleo e gás continua crescendo em todo o mundo. Esse desequilíbrio pode causar uma grande escassez do petróleo e gás nos próximos anos.
O CEO ainda afirmou que é difícil prever quando a economia global irá se recuperar da pandemia, mas previu que a saída total acontecerá entre 12-24 meses, quando cerca de 70% da população global já deve estar vacinada. Senchi analisou que “certamente veremos novos players aparecendo, bem como o crescimento de empresas de médio porte e a consolidação do setor como um todo, em um futuro próximo’’.
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Com o aumento do investimento global em energia limpa, segundo ele, patrocinado pelo ocidente, é certo que o mundo verá em breve uma escassez de petróleo e gás: “O crescimento das reservas de petróleo e gás tem estado em baixa nos últimos anos, e um certo déficit de recursos já é óbvio. A tendência pode se tornar uma ‘nova regra’ para grandes empresas globais e levar ao esgotamento da base de recursos. O mundo está enfrentando o risco de uma grave escassez de petróleo e gás” disse.
No mês passado, um tribunal holandês ordenou que a Shell reduzisse as suas emissões de gases que agravam o efeito estufa. Com mais essa nova pressão, Sechin destaca que as ações de tribunais são mais um fator de risco para o mercado do petróleo.
Setor de petróleo e gás é um dos motores da economia russa
A Rússia é um forte dependente das vendas de petróleo e gás para o mundo, todavia, o país se comprometeu com o corte das emissões de carbono. Mesmo com a promessa, a Rússia ainda continua atrás de diversos países no desenvolvimento de energias renováveis, tais como energia solar e energia eólica.
A Rosnet de Igor Sechin é a segunda maior produtora de petróleo do mundo, atrás somente da Saudi Aramco. A empresa russa produz incrivelmente 4 milhões de barris de petróleo por ano.