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É oficial: a Novonor decidiu mexer suas peças no tabuleiro petroquímico e traz ninguém menos que o ex-Ocyan para assumir o comando da Braskem

Escrito por Bruno Castilho
Publicado em 04/11/2024 às 14:55
É oficial: a Novonor decidiu mexer suas peças no tabuleiro petroquímico e traz ninguém menos que o ex-Ocyan para assumir o comando da Braskem
Roberto Prisco Paraiso Ramos (Imagem: Reprodução)

A Braskem, uma das maiores empresas de petroquímica da América Latina, está prestes a vivenciar uma nova etapa em sua gestão. A Novonor, controladora da companhia, anunciou que Roberto Prisco Paraiso Ramos será o sucessor de Roberto Bischoff, que se despede do cargo ao fim deste mês. Bischoff deixa um legado de inovação e expansão, apesar dos desafios severos do setor petroquímico, incluindo a oscilação de preços e a pressão crescente por sustentabilidade.

À frente da Braskem, Bischoff conduziu uma série de avanços estratégicos. Entre seus maiores feitos, destaca-se a expansão da produção de eteno verde, uma tecnologia inovadora que posiciona a Braskem como líder na produção de biopolímeros. Ele também foi peça-chave na construção do Terminal de Recebimento de Etano (TQPM) no México, projeto que já está 88% concluído e é uma das apostas da companhia para fortalecer sua cadeia de produção.

Em uma parceria estratégica com a SCG Chemicals, da Tailândia, Bischoff promoveu a internacionalização da Braskem e consolidou sua presença global, focando na diversificação de mercados e na segurança operacional.

Roberto Prisco Paraiso Ramos: a aposta da Novonor para liderar a nova fase na Braskem

Roberto Prisco Paraiso Ramos não é um novato na Braskem ou no universo da Novonor. Ele já passou pela companhia entre 2002 e 2010 como vice-presidente, onde comandou o ambicioso Projeto Etileno XXI no México – uma iniciativa que marcou a expansão da Braskem no mercado internacional e consolidou sua presença estratégica na América Latina.

Mais recentemente, Ramos atuou como CEO da Ocyan, onde foi peça-chave na reestruturação do portfólio de óleo e gás da Novonor. Ele liderou o processo de desinvestimento da Ocyan, vendendo a empresa para o fundo americano EIG e para a Lake Capital, uma operação que ajudou a fortalecer as finanças do grupo e marcou a saída da Novonor do setor de óleo e gás.

Agora, sua nomeação como CEO da Braskem é vista como um movimento estratégico da Novonor para consolidar a reestruturação do grupo e preparar a empresa para uma possível entrada de novos sócios.

Busca por um novo sócio e as negociações em andamento

A chegada de Roberto Prisco Paraiso Ramos à Braskem ocorre em um momento em que a Novonor busca um parceiro estratégico para a petroquímica. Nos últimos dois anos, a companhia recebeu ofertas de grandes players globais, incluindo a Apollo, a Adnoc e a Unipar. Embora a Apollo tenha desistido do negócio em setembro do ano passado, a Braskem continua sendo um ativo atraente no mercado, e as discussões com potenciais investidores permanecem em curso.

Para consolidar sua posição, o novo CEO terá que equilibrar a expansão de projetos, como o Terminal de Recebimento de Etano no México, com a busca por soluções sustentáveis que acompanhem as tendências globais de descarbonização. O desafio é imenso, mas Prisco Ramos já demonstrou sua capacidade de liderar mudanças complexas e alcançar resultados estratégicos.

O papel do conselho e os próximos passos

A nomeação de Roberto Prisco Paraiso Ramos ainda será submetida à aprovação do conselho de administração da Braskem, formalidade que deve ocorrer nos próximos dias. A expectativa é que sua experiência, tanto no setor petroquímico quanto em processos de desinvestimento, ajude a Braskem a alcançar uma nova fase de crescimento e estabilidade.

Com uma carreira marcada por transformações e reestruturações, Ramos chega à Braskem como o nome que a Novonor aposta para fazer a diferença. Afinal, não se trata apenas de conduzir uma gigante da petroquímica, mas de escrever o próximo capítulo de uma das maiores empresas do setor na América Latina, em um momento de transição e alta expectativa de mercado.

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SIFUDEMOS
SIFUDEMOS
05/11/2024 22:34

Resumindo…essa é a famosa ODEBRECHT…só mudou o nome..

Paulo Gaspareti
Paulo Gaspareti
06/11/2024 18:48

Empresas como Braskem, Embraer, Vale, etc., devem sempre figurar nos níveis de decisões estratégicas do nosso país. Nada tem a ver com estatização mas sim em garantir uma independencia ao traçar e definir o futuro de nossa nação.

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Bruno Castilho

Jornalista com foco em petróleo e gás, investimentos e oportunidades no mercado nacional.

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