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Devido ao baixo teor de carbono utilizado em projetos de petróleo da Petrobras, o Brasil poderá atrair grandes parcerias offshore

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 18/08/2021 às 09:49
Petrobras busca parceria offshore para os poços de petróleo
Petrobras busca parceria offshore para os poços de petróleo. Fonte: lazyllama / AdobeStock

Petrobras está buscando parcerias no ramo de petróleo para desenvolver novos projetos offshore e diminuir a taxa de carbono emitida.

Nesse último domingo, (15), ocorreu em Houston, nos Estados Unidos, à primeira Offshore Technology Conference (OTC). Um evento que pode trazer grandes frutos para o petróleo e o nosso país. A moda da vez é lançar projetos que visem diminuir o teor de carbono que prejudica o meio ambiente. Pensando nisso, a Petrobras está cogitando a possibilidade em aumentar a produção de petróleo mais limpo, para atrair mais parcerias.

Aproveitando a oportunidade do evento, reuniões já foram marcadas com possíveis parceiros para tratar desse assunto. Dentre os nomes das grandes empresas nesse ramo, podemos citar: a Exxon a Mobil Corp, a TotalEnergies e Ecopetrol, BP PLC e Chevron Corp. Nada oficialmente foi divulgado ainda, entretanto, espera-se que um resultado positivo seja compartilhado em breve.

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Qual a meta da Petrobras em parcerias offshore para o petróleo?

Um dos projetos que pode acontecer é o desenvolvimento de campos de petróleo em águas mais profundas, onde serão investidas, tecnologias de baixo teor de carbono. Que buscam diminuir a emissão de gases, que causam o efeito estufa. De acordo com Fernando Borges, diretor da E&P da Petrobras, “projetos que produzem menos CO2 serão os últimos a ficarem off-line. Esse ambiente tornou nossos novos projetos mais atraentes”.

Buscando ser atrativo aos olhos das empresas de grande porte, o Brasil está investindo pesado em projetos offshore. Um deles visa operar em plataformas de eletricidade usando baixo teor de carbono, ao invés de combustíveis fósseis.

Somente com essa modificação, as plataformas irão reduzir a emissão de gás carbônico em 20%. E onde há poços mais profundos, com o petróleo mais bruto e com um menor teor de enxofre, faria com que a Petrobras produzisse um combustível mais limpo.

Logo após a Guiana e o Suriname conseguirem mais de 9 bilhões de barris de petróleo, Fernando Borges revela que ambos os países são quase como que uma fonte de inspiração para esses novos projetos que estão a caminho. No entanto, existe uma luta para que a Petrobras consiga explorar cerca de 30 quilômetros próximo à fronteira dos países.

Dentre as empresas que podem vir a se tornarem parceiras nesses projetos, a melhor opção segundo Borges, seria Exxon. No entanto, caso não funcione, o leque de opções ainda estará aberto para os demais. O importante é que alguma parceria offshore seja fechada.

A importância do baixo carbono para a Petrobras

O mundo inteiro está se movendo para amenizar a quantidade de carbono emitido nas plataformas de petróleo. Para não ser alvo de ataques, muitas empresas estão migrando para áreas onde é possível produzir petróleo sem emitir muito gás carbônico e com investimentos mais baixos.

É nesse setor que o nosso país está buscando desenvolver dois grandes projetos. Onde ambos conseguem bombear cerca de 150.000 barris diariamente, usando somente 4 poços. Até 20 anos atrás, para que essa quantidade fosse obtida, seriam necessários cerca de 20 poços utilizando sua força total. Agora, as coisas parecem estar fluindo para melhor, tanto ao meio ambiente, quanto no quesito de produção.

Mesmo que pareça um projeto offshore de alto nível, investimentos precisam serem feitos para que não fique somente no papel. Dessa forma, esse é um dos principais motivos pelo qual a Petrobras está buscando por parceiros, pois, os valores de investimentos nos campos de petróleo podem chegar a até, US $ 6 bilhões.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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