De acordo com o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, que foi o primeiro a se declarar a crise de Microchips na indústria automotiva deverá persistir até o próximo ano e acredita que nessa continuação da crise. Por conta de suas expectativas, a produção adicional dos chips, em sua opinião, não será suficiente e apenas dificultará a chegada do produto para a construção de veículos nos países do ocidente.
Devido a isso, as marcas do grupo como Jeep, Fiat, Chrysler, Dodge, Peugeot tem optado por levar às concessionárias aqueles veículos que possuem uma maior margem de lucro. Essa se tornou uma prática comum na indústria automotiva enquanto a produção de veículos não consegue se normalizar.
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Já de acordo com o CEO da Intel, Pat Gelsinger, que se posicionou sobre o tema, a crise de microchips na indústria automotiva prosseguirá até o ano de 2023. Em sua opinião, a maior dificuldade é a demora para estabilizar esses problemas na produção. Segundo Gelsinger serão necessários pelo menos dois anos para que a produção de veículos volte ao normal, fazendo com que em 2022 as dificuldades persistam.
Ford deseja levar veículos inacabados às concessionárias
O cenário da crise de microchips na indústria automotiva tem causado dor de cabeça para todas as marcas de veículos. No Brasil, diversas fábricas tiveram paralisar suas produções de veículos, mas a maior afetada com a crise foi a Chevrolet, que há meses não consegue levar seu Onix às concessionárias e tem expectativa para que a fabricação retorne apenas em meados de agosto.
Entretanto, nos Estados Unidos, a Ford está com um plano ainda mais atrevido. A empresa planeja vender seus veículos inacabados e sem os semicondutores e caso isso aconteça, as peças que faltam serão instaladas posteriormente. O objetivo da multinacional é evitar que os pátios de suas fábricas fiquem super lotados e também agilizar a entrega dos veículos para os consumidores.
1,2 milhão de vendas perdidas
A crise atual teve origem em um erro de cálculo quando a pandemia surgiu no ano passado. Quando o vírus começou a se espalhar, diversas empresas previram que os consumidores reduziriam os gastos por se preocuparem com os tempos difíceis.
Na América do Norte, os países já perderam cerca de 1,2 milhão de vendas na indústria automotiva, tendo em vista que não há chips semicondutores. Já a Europa perdeu 875 mil e países da Ásia, como Japão e Coréia, já chegam a mais de 770 mil veículos fora das concessionárias. Já no Brasil, foram perdidos cerca de 130 mil carros só no primeiro semestre e mais 30 mil no restante da América do sul.