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Construção sustentável já é realidade no Brasil, diz gestor da MRV

Escrito por Ana Alice
Publicado em 10/04/2025 às 18:37
MRV prova que dá pra construir mais e melhor: sustentabilidade e eficiência andam juntas nas novas obras, com foco nos ODS da ONU. (Imagem: Reprodução/Canva)
MRV prova que dá pra construir mais e melhor: sustentabilidade e eficiência andam juntas nas novas obras, com foco nos ODS da ONU. (Imagem: Reprodução/Canva)

A MRV aposta em inovação sustentável para transformar a construção civil no Brasil, equilibrando eficiência produtiva e responsabilidade ambiental desde o início dos projetos até a entrega final, em uma jornada alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

MRV aposta em eficiência, inovação e sustentabilidade para revolucionar o setor da construção civil com base nos 17 ODS da ONU

A busca por práticas sustentáveis na construção civil tem deixado de ser tendência e se tornado uma realidade estratégica para empresas como a MRV.

De acordo com José Luiz Esteves, gestor-executivo de Sustentabilidade e Relações Institucionais da c ompanhia, é plenamente possível unir eficiência operacional e responsabilidade ambiental no canteiro de obras.

A afirmação foi feita durante entrevista à CNN, realizada no dia 9 de abril de 2025, durante a Feicon, maior feira de construção civil da América Latina, em São Paulo.

A MRV, segundo o executivo, já aplica tecnologias e processos que reduzem desperdícios e otimizam recursos desde a aquisição do terreno até a entrega das chaves ao cliente.

Sustentabilidade traz eficiência e reduz custos

José Luiz destacou que adotar práticas sustentáveis não significa elevar os custos de construção, como muitos ainda acreditam.

Na realidade, o foco na redução de resíduos, uso racional da água e aplicação de tecnologias limpas contribui diretamente para a eficiência dos processos e economia de recursos.

“É super possível conciliar eficiência e sustentabilidade.
A sustentabilidade, ao olhar para o desperdício de resíduos, traz eficiência.
Quando se insere um item que visa não desperdiçar água, da mesma maneira.
Quando olhamos para novas técnicas, processos, novas tecnologias, buscamos a eficiência”, afirmou.

A MRV tem investido fortemente na modernização de seus processos.
Segundo o executivo, os ganhos não são apenas ambientais, mas também econômicos, operacionais e sociais.

Essas ações se alinham à estratégia ESG (ambiental, social e governança), cada vez mais exigida por investidores, consumidores e instituições reguladoras.

Alinhamento aos ODS da ONU desde a fundação

A sustentabilidade adotada pela MRV não se limita a ações pontuais.
Ela é integrada a todo o ciclo produtivo da empresa, com foco nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas.

Desde a seleção do terreno até a entrega do imóvel, os projetos são pensados para causar o menor impacto possível ao meio ambiente e às comunidades vizinhas.

“Temos o desafio de atuar em um setor que, inevitavelmente, impacta o meio ambiente.
Por isso, precisamos respeitar toda a regulamentação ambiental.

Durante a construção, lidamos com questões como respeito à vizinhança, escolha de materiais com baixa pegada de carbono e entrega de um produto com atributos sustentáveis ao consumidor”, explicou.

Além da escolha dos materiais, a MRV também se preocupa com o destino correto dos resíduos gerados e com a eficiência energética dos empreendimentos.

A empresa já projeta edifícios que consomem menos energia, aproveitam melhor a luz natural e incentivam práticas de economia de água.

MRV como referência no setor imobiliário

Fundada em 1979, a MRV Engenharia é uma das maiores incorporadoras da América Latina, com presença em mais de 160 cidades brasileiras.

A companhia se destaca por unir habitação acessível com responsabilidade socioambiental, tornando-se um modelo de negócios sustentáveis no setor imobiliário.

O empresário Rubens Menin, fundador da MRV e atual presidente do conselho da empresa, também é conhecido por seu envolvimento com outras marcas de peso, como o Banco Inter, a Log Commercial Properties e a própria CNN Brasil.
Sua atuação reforça o compromisso de longo prazo com inovações e boas práticas corporativas.

ESG como estratégia para o futuro da engenharia

Durante o painel “Desafios e Oportunidades ESG na Engenharia do Futuro”, José Luiz enfatizou que o futuro da construção civil passa, obrigatoriamente, por um compromisso sério com a agenda ESG.
Empresas que ignorarem essas diretrizes podem perder relevância e competitividade nos próximos anos.

O executivo destacou ainda que o consumidor moderno valoriza cada vez mais imóveis com atributos sustentáveis, como eficiência energética, reaproveitamento de água da chuva e integração com áreas verdes.

Esses fatores, além de contribuírem para o meio ambiente, impactam positivamente a qualidade de vida dos moradores.

Além disso, práticas sustentáveis facilitam o licenciamento ambiental e abrem portas para linhas de crédito específicas voltadas a empreendimentos verdes, o que representa um diferencial competitivo relevante no mercado atual.

Tecnologia, inovação e impacto social positivo

A MRV também está investindo em tecnologias que vão além da sustentabilidade ambiental.
A digitalização de processos, uso de inteligência artificial, análise de dados e automação estão sendo incorporados à gestão das obras para tornar os projetos mais eficientes e transparentes.

Outro pilar fundamental da atuação da empresa é o impacto social.
A MRV promove ações de capacitação profissional, inclusão social e geração de renda nas comunidades onde atua.

Para a companhia, não basta entregar um imóvel de qualidade; é preciso contribuir com o desenvolvimento sustentável do entorno.

Caminhos para um futuro mais sustentável

Em um cenário global em que as mudanças climáticas exigem ações imediatas, a experiência da MRV mostra que é possível conciliar crescimento econômico e preservação ambiental.

A empresa se apresenta como exemplo de que a sustentabilidade deixou de ser um diferencial e se tornou uma exigência do mercado e da sociedade.

José Luiz finaliza com um recado otimista:
“Não é mais uma questão de escolha.
Empresas que quiserem sobreviver no futuro precisam repensar seus processos agora.
A sustentabilidade é o único caminho possível para a construção civil evoluir de forma responsável.”

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Ana Alice

Redatora e analista de conteúdo. Escreve para o site Click Petróleo e Gás (CPG) desde 2024 e é especialista em criar textos sobre temas diversos como economia, empregos e forças armadas.

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