A China abocanhou 13% a mais de petróleo este ano em relação a setembro de 2019. O Brasil ultrapassou até mesmo o Iraque em fornecimento para o país oriental, segundo dados oficiais
(Reuters) – O Brasil saltou para o terceiro maior fornecedor de petróleo bruto da China em setembro, dados de importação mostraram no domingo, enquanto as refinarias independentes da China obtinham suprimentos baratos de petróleo de relativamente alta qualidade da produção nacional brasileira.
As importações do Brasil atingiram 4,49 milhões de toneladas, ante 2,96 milhões de toneladas um ano antes, mostraram dados da Administração Geral de Alfândegas da China. O Brasil ultrapassou o Iraque, que caiu para o quinto maior fornecedor.
As importações da China de janeiro a setembro do Brasil foram de 33,69 milhões de toneladas, um aumento de 15,6% em relação ao ano anterior, de acordo com cálculos da Reuters com base nos dados. A China responde por 70% das exportações de petróleo do Brasil, disse a estatal Petrobras, em julho.
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A Arábia Saudita recuperou o primeiro lugar nas compras de petróleo da China no mês passado, depois de perder essa classificação para a Rússia nos dois meses anteriores, mostraram dados. As importações do reino foram de 7,78 milhões de toneladas, o equivalente a 1,89 milhão de barris por dia (bpd), ante 1,24 milhão de bpd em agosto.
A Rússia forneceu 7,48 milhões de toneladas no mês passado, ou 1,82 milhão de bpd, alta de 18,6% em relação ao ano anterior e de 32,8% em relação a agosto, de acordo com cálculos da Reuters.
Durante os primeiros nove meses de 2020, a Rússia permaneceu como o maior vendedor com suprimentos totalizando 64,62 milhões de toneladas, 16% acima do nível do ano anterior. A Arábia Saudita ficou com 63,57 milhões de toneladas, 6,5% a mais no ano.
Os embarques dos EUA aumentaram para 3,9 milhões de toneladas em setembro, contra 517.982 toneladas no ano anterior.
A China abocanhou 13% a mais de petróleo nos primeiros nove meses do que no ano anterior, conforme os refinadores aumentaram a produção para atender à rápida recuperação da demanda da pandemia e aumentaram os estoques de petróleo barato a taxas recordes.
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