Multinacional Ford, que fechou suas fábricas no Brasil, vai importar por ano, pelo porto de Vitória, cerca de 30 mil carros produzidos em suas fábricas no exterior
Após deixar de fabricar veículos e fechar suas fábricas no Brasil, a montadora Ford Motor passa a importar veículos pelo Porto de Vitória. Na semana passada, aconteceu o desembarque de 450 carros, que chegaram ao Estado pelo navio Torrens. A estimativa é de que cheguem ao Brasil, via Espírito Santo, aproximadamente 30 mil carros por ano.
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Na última terça, 18 de maio, chegaram ao porto de Vitória, os primeiros veículos da montadora americana. Antes, a Ford trazia seus carros através da Baixada Santista e Bahia.
Agora, o Terminal Portuário de Vila Velha (ES) será a única porta de entrada da Ford no Brasil. Segundo a Log-In Logística, empresa responsável pela operação, o complexo receberá, anualmente, cerca de 28 mil e 30 mil carros da empresa americana.
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A entrega foi acompanhada pelo governador Renato Casagrande, que também conheceu o novo pátio de armazenamento e movimentação de veículos operado pela LogIN TVV dentro do Porto de Vitória.
“Viemos acompanhar e celebrar a importância da importação dos veículos da Ford no Espírito Santo. Serão, ao todo, cerca de 30 mil veículos por ano, importados aqui pelo Estado que se somam a outras marcas, que já são importadas por aqui. Isso fortalece a economia capixaba, a de Vila Velha e também a de Cariacica. Quanto mais capacidade de investir, mais capacidade para criar oportunidades aos capixabas”, destacou.
Ford escolhe o complexo do Porto de Vitória devido à melhor logística e questão tributária
A montadora Ford optou pelo complexo do Porto de Vitória devido à melhor logística de distribuição e também em questão tributária. O estado do Espírito Santo é uma porta de entrada bem conhecida e explorada pelas grandes montadoras de veículos.
O primeiro lote a desembarcar, no porto, contou com 451 unidades do Territory. Além disso, o complexo deverá receber um volume superior a 20 mil unidades da Ranger, que é importada da Argentina.
Não estão inclusos, nos 30 mil carros previstos, a van Transit, que será importada do Uruguai, porém, esta deve acabar entrando no Brasil por via rodoviária.
O porto contará também com os modelos crossover, que vem da China, e ainda os modelos Mustang, fabricados nos EUA, e como o Bronco Sport, que é produzido no México. Esse quarteto colocará a Ford em décimo lugar no ranking de vendas das marcas no mercado nacional, considerando os números de 2020.
A Caoa Chery vendeu pouco mais de 20 mil unidades no ano passado, e, se não superar o volume mencionado, não conseguirá tirar a Ford do Top 10 das marcas. Só no ano passado, a montadora vendeu 139.255 veículos.
Com importações, a Ford focará em vendas menores, operação enxuta e maior valor agregado dos produtos.
Em um movimento contrário ao da Ford, Volkswagen, a multinacional maior fabricante de veículos do mundo, investe em produção e em fábrica de SP
Em um movimento contrário ao da Ford, Pablo di Si, presidente executivo da multinacional Volkswagen na Amélica Latina, anunciou em entrevista à Reuters, no último dia 7, o compromisso de lançar um novo ciclo de investimentos no Brasil. Segundo o executivo, os detalhes do investimento serão divulgados no fim do ano pelo CEO Global do Grupo, Herbert Diess.
Segundo Pablo di Si, “definimos (o investimento) e já paramos a produção em nossa fábrica em Taubaté para preparar a nova plataforma”. O executivo não deu detalhes dos produtos, mas sabe-se que um deles é o Polo Track, novo modelo de acesso da marca no Brasil.
A fábrica de Taubaté produz, atualmente, dois carros compactos, o Sedan Voyage e o hatchback Gol.
Até agora, neste ano, a Volkswagen se tornou a marca mais vendida do Brasil, substituindo a General Motors Co (GM.N) depois de muitos anos, pois, em parte, a produção da GM, no Brasil, foi mais interrompida do que a da Volkswagen por uma escassez global de chips.
Assim como a icônica Kombi da Volkswagen, nova legislação faz desaparecer, ainda este ano, o Uno, Doblo e o Grand Siena da Fiat
Segundo o jornalista Fernando Calmon, que é colunista do Portal AutoPapo, a multinacional Fiat terá que encerrar a produção do Uno, Doblo e Grand Siena. Isso pois, a partir de janeiro de 2022, passará a valer uma nova fase do Proconve, a L-7, e os três modelos da montadora italiana vão desaparecer pelas novas exigências de emissões do controle ambiental, assim como aconteceu, em 2014, com a icônica Kombi da Volkwsagen, pela exigência de airbags e freios ABS.
Segundo Calmon, a fábrica da Fiat não acha que vale a pena investir em novos tanques e sistema de alimentação nestes carros para cumprir os novos limites de evaporação proveniente dos tanques de gasolina e etanol.