A Nissan já havia paralisado as atividades de sua fábrica em Resende (RJ) devido à pandemia, mas agora o motivo será a crise de semicondutores, que vem assolando as montadoras de veículos, assim como a General Motors vem suspendendo seus contratos, a Nissan pretende parar as atividades de aproximadamente 2 mil trabalhadores, entre terceirizados e funcionários.
Dois dias após a General Motors anunciar suspensão de trabalho e paralisação em sua fábrica de SP, a Nissan anuncia que também interromperá os serviços de sua fábrica de veículos no Brasil por cinco dias no mês de junho devido à falta de semicondutores. A fábrica da Nissan que fica localizada em Resende, no Rio de Janeiro, possui cerca de 2 mil trabalhadores, entre terceirizados e funcionários, e atualmente atua com apenas um turno na produção de veículos.
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Segundo Airton Cousseau, o novo presidente da Nissan Mercosul, a parada na produção de veículos da fábrica não será em dias consecutivos, ou seja, podendo ser em dias alternados.
Nissan, General Motors, VW, Renault e muitas outras multinacionais do ramo automotivo estão paralisando suas atividades
A Nissan havia informado em março que iria adotar a solução de férias coletivas para seus trabalhadores na fábrica em Resende que iria ocorrer entre os dias 26 de março e 9 de abril. Entretanto, o motivo pela parada na produção de veículos em março foi o agravamento da pandemia.
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Na época, a empresa informou em nota que estava buscando garantir a segurança de seus trabalhadores, ajudando a combater o impacto da pandemia, garantir a continuidade do negócio e também adaptar a empresa ao cenário atual, cheio de obstáculos para as empresas de veículos.
Volkswagen, Ford, Chevrolet, Fiat, Yamaha e multinacional General Motors suspendem produção
A Volkswagen já havia anunciado também em março a suspensão da produção de veículos nas fábricas de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR).
A Mercedes-Benz também suspendeu as atividades de suas fábricas em Juiz de Fora (MG) e em São Bernardo do Campo (SP). Essas decisões da VW e da Mercedes foram tomadas após negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que na época pressionava as empresas da Região.
Após a saída da montadora Ford do Brasil, a crise global de suprimentos e a pandemia fizeram inúmeras fábricas de automóveis, como Chevrolet, Honda, Audi (Volkswagen), Scania, Volvo, Mercedes-Benz, Renault, Nissan, Fiat e Yamaha, suspenderem produção de veículos. Agora o caos chegou, também, até a montadora General Motors e a indústria automotiva do país pode entrar em colapso.
No dia 25/05 a multinacional General Motors (GM) comunicou, a seus funcionários, que vai interromper completamente a produção de veículos da fábrica no ABC paulista (SP). Segundo a montadora, a interrupção se dará por falta de peças e adequação das linhas de montagem à produção de uma nova picape.
A crise de semicondutores
A crise nos semicondutores tem afetado não só a Nissan mas toda a indústria de automóveis, e irá prosseguir até o fim deste ano. Até mesmo a Tesla não conseguiu escapar da crise de semicondutores e teve que adiar a entrega de alguns de seus carros elétricos Model S e Model X.
As fabricantes dos semicondutores vêm tentando potencializar a produção e alterar os seus processos de fabricação mas, mesmo com todos os esforços, a crise vem chegando fortíssima e a expectativa é que só haverá uma solução para o problema no ano que vem.
Essa crise está ocorrendo por diversos motivos como a guerra comercial entre a China e Estados Unidos, e até mesmo por erros de cálculo que levaram fabricantes a fazerem estocagem da produção no início da pandemia.