Aneel aprovou o novo valor da bandeira tarifária vermelha 2 nesta terça-feira, por conta da crise hídrica. O aumento de 52% que vai na conta de luz dos consumidores é devido às usinas termelétricas acionadas pelo Governo
Nesta terça-feira (29), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o novo valor para a bandeira tarifária, uma taxa que é acionada na conta de luz dos consumidores quando o custo da geração de energia é elevado.
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Crise hídrica causa impacto na conta de luz dos consumidores brasileiros
No dia (28), o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque alertava em rede nacional sobre a pior crise hídrica dos últimos 90 anos. E este aumento na conta de luz está diretamente relacionado à crise. O valor que é cobrado na bandeira tarifária vermelha 2 subirá em 52%.
A cobrança adicional saiu de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos. Essa bandeira tarifária está valendo desde esse mês de junho e deve durar no mínimo até novembro, quando se iniciam os períodos de chuva.
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A bandeira tarifária aprovada pela Aneel é um adicional cobrado na conta de luz dos consumidores para que possa suprir o custo da geração de energia por termelétricas, que são as mais caras, quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está muito baixo.
Aneel explica o motivo do novo reajuste na conta de luz
A Aneel defende as bandeiras tarifárias na conta de luz porque, sem elas, todo o custo que seria adicionado na conta de luz seria repassado aos consumidores apenas nos anos seguintes com valores corrigidos, ou seja, com juros maiores, o que não ocorre com as bandeiras. Mesmo com o período chuvoso, há uma chance de o governo manter as usinas térmicas ligadas, o que não é comum.
De forma geral, se utiliza as usinas termelétricas quando chove menos ou quando se está no auge do período seco. A Aneel afirma que o objetivo agora é guardar água nos reservatórios das hidrelétricas para que, quando se iniciarem as chuvas, os reservatório voltem a subir.
Energias renováveis podem ser a solução
O apagão em 2001 trouxe uma rede de termelétricas que estão acionadas agora devido à crise hídrica. Entretanto, são a fonte energética mais cara para o país. Atualmente o Brasil inteiro está passando por mais uma crise hídrica, só que esta tende a ser diferente para a conta de luz dos consumidores devido às energias renováveis, principalmente a energia eólica, solar e biomassa (que correspondem à 9,2%, 9%, 1,7% da matriz energética, respectivamente).
De acordo com o pesquisador da FGV Energia, João Teles, o uso das fontes renováveis é o motivo pelo qual a crise hídrica, que agora assola grande parte das hidrelétricas do país, não ter se transformado em uma crise energética ou um novo apagão em massa.