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Aneel aprova novo valor para a bandeira tarifária vermelha 2 na conta de luz dos consumidores; reajuste ultrapassa 50%

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 30/06/2021 às 18:12
Aneel - conta de luz - consumidores - bandeira tarifaria
Contas de luz – Créditos: matogrossomais

Aneel aprovou o novo valor da bandeira tarifária vermelha 2 nesta terça-feira, por conta da crise hídrica. O aumento de 52% que vai na conta de luz dos consumidores é devido às usinas termelétricas acionadas pelo Governo

Nesta terça-feira (29), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o novo valor para a bandeira tarifária, uma taxa que é acionada na conta de luz dos consumidores quando o custo da geração de energia é elevado.

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Crise hídrica causa impacto na conta de luz dos consumidores brasileiros

No dia (28), o Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque alertava em rede nacional sobre a pior crise hídrica dos últimos 90 anos. E este aumento na conta de luz está diretamente relacionado à crise. O valor que é cobrado na bandeira tarifária vermelha 2 subirá em 52%.

A cobrança adicional saiu de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos. Essa bandeira tarifária está valendo desde esse mês de junho e deve durar no mínimo até novembro, quando se iniciam os períodos de chuva.

A bandeira tarifária aprovada pela Aneel é um adicional cobrado na conta de luz dos consumidores para que possa suprir o custo da geração de energia por termelétricas, que são as mais caras, quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está muito baixo.

Aneel explica o motivo do novo reajuste na conta de luz

A Aneel defende as bandeiras tarifárias na conta de luz porque, sem elas, todo o custo que seria adicionado na conta de luz seria repassado aos consumidores apenas nos anos seguintes com valores corrigidos, ou seja, com juros maiores, o que não ocorre com as bandeiras. Mesmo com o período chuvoso, há uma chance de o governo manter as usinas térmicas ligadas, o que não é comum.

De forma geral, se utiliza as usinas termelétricas quando chove menos ou quando se está no auge do período seco. A Aneel afirma que o objetivo agora é guardar água nos reservatórios das hidrelétricas para que, quando se iniciarem as chuvas, os reservatório voltem a subir.

Energias renováveis podem ser a solução

O apagão em 2001 trouxe uma rede de termelétricas que estão acionadas agora devido à crise hídrica. Entretanto, são a fonte energética mais cara para o país. Atualmente o Brasil inteiro está passando por mais uma crise hídrica, só que esta tende a ser diferente para a conta de luz dos consumidores devido às energias renováveis, principalmente a energia eólica, solar e biomassa (que correspondem à 9,2%, 9%, 1,7% da matriz energética, respectivamente).

De acordo com o pesquisador da FGV Energia, João Teles, o uso das fontes renováveis é o motivo pelo qual a crise hídrica, que agora assola grande parte das hidrelétricas do país, não ter se transformado em uma crise energética ou um novo apagão em massa.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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