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Bandeira tarifária na conta de luz dos brasileiros deve seguir em alta até a reta final de 2021

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 15/04/2021 às 11:26
Bandeira tarifaria - conta de luz
Conta de luz – Fonte: eletricidadeBrasil

Por conta das fracas chuvas em regiões de hidrelétricas, a Bandeira tarifária na conta de luz dos brasileiros deve seguir vermelha até a reta final de 2021

A conta de luz do consumidor brasileiro deverão seguir até a reta final de 2021 sob a pressão das chamadas bandeiras tarifárias, que geram cobranças adicionais para os consumidores quando há menor oferta de energia do sistema, de acordo com especialistas. As projeções significariam, em prática, o aumento na conta de luz frente ao ano passado, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) suspendeu a aplicação da bandeira tarifária a partir de junho, em meio a piora da pandemia de Covid-19.

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O mecanismo de bandeiras tarifárias, criado em 2015, leva a custos extras para os consumidores quando sai da bandeira verde para a amarela ou vermelha. A Aneel calcula o patamar a cada mês de acordo com a oferta de geração hidrelétrica e nos preços da energia no mercado de curto prazo.

A conta de luz em todo o primeiro trimestre deste ano, tiveram custo adicional de 1,343 real a cada 100 kilowatts-hora consumidos, por conta do acionamento da bandeira tarifária amarela.

Palavras das empresas de energia

O presidente da Esfera Energia Braz Justi diz que a sua expectativa é de que, de maio para frente, seja bandeira vermelha. E de que em junho a uma chance de conseguir cair para a bandeira amarela.

Já a Comerc Energia, está um pouco mais otimista, porém vê a continuidade da pressão da bandeira tarifária na conta de luz até o fim do ano. Na visão do presidente da Comerc, Marcelo Ávila, é bem possível que tenhamos a partir de maio um período intenso de bandeira amarela e prosseguir assim, com chances de ter bandeira vermelha em julho e agosto.

As expectativas de mudança na conta de luz, ocorrem por conta das chuvas fracas na região das hidrelétricas entre novembro a abril.

O futuro da bandeira tarifária

Eventuais acionamentos de bandeiras vermelhas poderão gerar custos na conta de luz ainda maiores a partir de junho, visto que a diretoria da Aneel tem discutido uma proposta que aumentaria os valores adicionais gerados pela bandeira tarifária.

Nessa proposta a bandeira vermelha nível 1 ficaria 10% mais cara, ou seja, a 4,599 reais por cada 100kwh, enquanto a vermelha nível 2 avançaria 21%, sendo assim, 7,571 reais para cada 100 kwh. Já a bandeira amarela poderia ter uma redução de quase 26%, caindo para 0,996 real.

A expectativa é de reajustes médios próximos de 10% nas tarifas ao longo de 2021, segundo consultorias especializadas, em meio a fatores de pressão como a perca de valor do real e o maior uso de termelétricas mais caras devido às chuvas fracas.

Diante disso, a diretoria da Aneel decidiu suspender processos de reajuste tarifário enquanto avalia mecanismos para conter a tendência de escalada de custos.

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Castro explica que, embora só a morte de grandes grupos de peixes simultaneamente acabe despertando a atenção e merecendo registro , é altamente provável que peixes estejam morrendo, um a um, de forma constante, pela operação das usinas. Por causa de peculiaridades dos organismos, muitos peixes não morrem instantaneamente quando passam pelas turbinas — mas ficam com suas estruturas corporais seriamente comprometidas.

“Um exemplo são os gases. Quando há uma descompressão, há a formação de bolhas no sangue, o que a gente chama de embolia. Isso vai ficar no sangue e causar problemas”, enumera Castro. Ele também atenta que os danos nos órgãos podem não matar na hora, mas impedir que o bicho tenha uma vida normal — tornando-o mais vulnerável a predadores ou mesmo causando morte alguns dias mais tarde, em uma lenta agonia.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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