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Um raro poço de armazenamento de alimentos com mais de 1.000 anos foi encontrado no Alasca

Publicado em 09/02/2025 às 09:07
Alasca
Foto: Reprodução

Arqueólogos descobriram poço de cache indígena de 960 anos no Alasca, revelando práticas antigas

Em uma colina, no Golfo do Alasca, arqueólogos desenterraram um poço de cache quase intocado, utilizado pelos povos indígenas Dene da região.

O poço foi encontrado em uma trilha ancestral dos Dene, famosa por conectar a área moderna de Anchorage ao norte.

Medindo cerca de 1 metro de profundidade, o poço foi cuidadosamente cavado em solo bem drenado e revestido com casca de bétula e grama.

Esse cuidado ajudou a preservar alimentos como peixes, carnes e frutas vermelhas, cruciais para a sobrevivência nas duras condições sazonais do sudeste do Alasca.

O povo Dene e suas práticas culturais

Os Dene, também conhecidos como Athabaskans, incluíam os povos Dena’ina e Ahtna. Durante os verões, eles habitaram a região para capturar e preservar salmão e carne de animais terrestres, como alces e caribus, usando técnicas de armazenamento em locais como este poço.

Os arqueólogos acreditavam que o esconderijo poderia ter algumas centenas de anos, mas os testes de radiocarbono revelaram um dado surpreendente: 960 anos, mais ou menos 30 anos.

Quando recebemos os resultados, ficamos chocados. Foi emocionante ver que a história era ainda mais antiga do que imaginávamos”, conta Elizabeth Ortiz, arqueóloga do JBER, base militar onde a descoberta foi realizada.

Uma análise confirmou ainda mais as tradições orais dos povos Dena’ina e Ahtna, que afirma que uma área ao redor de Anchorage tem sido usada por seus ancestrais há milênios.

Outros testes estão sendo realizados para identificar a origem dos alimentos enterrados no poço, como alces ou caribus.

O estudo do solo ao redor também ajudou a entender se esses animais foram armazenados no local ou apenas passando por ali.

O poço de cache encontrado é uma raridade na região, já que a maior parte da área ao redor foi destruída na década de 1940, durante a construção do JBER.

A preservação do local é um marco para arqueólogos e, especialmente, para os grupos indígenas da região, que veem nele um vínculo importante com o passado.

O poço de cache tem quase 1.000 anos, o que o torna um achado raro na região altamente desenvolvida ao redor de Anchorage. 
Base conjunta Elmendorf-Richardson

A importância cultural da descoberta para os povos indígenas

Embora o desenvolvimento seja progressivo, é possível aproveitar essas descobertas para enriquecer o nosso entendimento histórico e cultural”, afirma Aaron Leggett, presidente da Native Village of Eklutna e curador do Anchorage Museum.

Ele destaca a importância de utilizar essas oportunidades para colaborar com os governos e promover uma compreensão mais profunda sobre a história local.

Hoje, cerca de metade da população do Alasca vive nas terras tradicionais dos Dene, o que torna ainda mais relevante a preservação de sítios como esse.

O trabalho de arqueólogos em colaboração com as tribos locais tem sido fundamental para contextualizar essas descobertas e garantir que as futuras gerações compreendam a riqueza histórica da região.

Para Angela Wade, preservacionista histórica da vila de Chickaloon, cada novo sítio abandonado investigado é uma chance de resgatar partes importantes da história que poderiam ter sido perdidas.

É como recuperar um pedaço da nossa história do que nos separamos”, diz Wade, refletindo sobre o valor de manter viva a memória ancestral.

Com informações de smithsonianmag.

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Bernardo Mascarenhas Franchini
Bernardo Mascarenhas Franchini
09/02/2025 17:00

Impressionante!!!

Luiz Nicoletti
Luiz Nicoletti
16/02/2025 13:40

Esse planeta tem… MISTÉRIOS, MUITOS MISTÉRIOS!

Euri Morato
Euri Morato
16/02/2025 15:57

Se na superfície terrestre , ainda muito existe a descobrir acerca de nossos antepassados e nossas origens, imaginemos os oceanos r mares, tão ainda desconhecidos, não citando o gigantesco Cosmo.

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