Acidente na Refinaria Landulpho Alves (RLAM) causa deslocamento de ar gigantesco, arremessa equipamentos pelos ares e assusta trabalhadores
Na última quarta-feira, 12 de maio, por volta de meio dia, andaimes, tubulações, válvulas, e isolamentos térmicos foram pelos ares com uma explosão na Unidade 38 (linha de H2) da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), da Petrobras, localizada na Bahia.
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Um trabalhador da unidade disse que estava cerca de 30 metros do local quando ocorreu a explosão, “o deslocamento de ar foi gigantesco, o barulho e o silêncio, logo em seguida, ensurdecedores”, disse.
A direção do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) disseram que, felizmente, não houve vítimas, mas o cenário poderia ter sido de muitas mortes se o acidente tivesse acontecido fora do horário de almoço. Representantes das duas entidades já entraram em contato com a gerência da RLAM para acompanhar as investigações sobre a causa da explosão.
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Refinaria tem funcionado com efetivo reduzido
RLAM, na Bahia, está em parada de manutenção. A Petrobras decidiu implantar o O&M (Organização e Método) e, desde 2017, a refinaria vem operando com efetivo reduzido.
O Sindipetro e FUP tentaram impedir a implantação, inclusive através da justiça, por meio do Ministério Público do Trabalho, alegando graves consequências como a existência de turmas de trabalho sem nenhum operador. Isso obriga os petroleiros da RLAM a abrir mão de suas folgas para cobrir esses espaços vazios e garantir que a planta continue operando.
A refinaria da Petrobras RLAM fica em São Francisco do Conde, no estado da Bahia, e possui capacidade de processamento de 333 mil barris/dia (14% da capacidade total de refino de petróleo do Brasil), e seus ativos incluem quatro terminais de armazenamento e um conjunto de oleodutos que interligam a refinaria e os terminais, totalizando 669 km de extensão.
Após enfrentar batalhas judiciais com sindicatos e petroleiros, Petrobras concretiza venda da refinaria RLAM, na Bahia, por 1,65 bilhão de dólares
Apesar de Sindicatos e petroleiros tentaram impedir a venda da Refinaria Landulpho Alves, a Petrobras informou, em fato relevante na tarde de ontem (24/03), que concretizou, com o grupo Mubadala Capital, o contrato para venda das ações da empresa RLAM e seus ativos logísticos associados, no estado da Bahia, pelo valor de US$ 1,65 bilhão.
De acordo com a Petrobras, o contrato prevê ajustes no valor da venda, em função de variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. A petroleira informa, também, que a operação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, tais como a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
“Até o cumprimento das condições precedentes e o fechamento da transação, a Petrobras manterá normalmente a operação da refinaria e de todos os ativos associados. Após o fechamento, a Petrobras continuará apoiando a Mubadala Capital nas operações da RLAM durante um período de transição. Isso acontecerá sob um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional. A Petrobras e a Mubadala Capital reafirmam o compromisso estrito com a segurança operacional na RLAM em todas as fases da operação”, disse a Petrobras no comunicado.