35 usinas fotovoltaicas que serão construídas pela EMGD nos próximos anos com tecnologia de maior aproveitamento e otimização de custos
Avanços tecnológicos elevam o rendimento na geração de energia fotovoltaica e transformam Minas Gerais em um expoente do setor. A EMDG é uma das empresas a frente de grandes projetos no ramo para os próximos anos. Entenda um pouco mais no decorrer do artigo.
Ainda na pré-história, a descarga atmosférica, popularmente conhecida como raio, foi um dos primeiros contatos do ser humano com a eletricidade. De lá pra cá, grandes avanços trouxeram ao mundo contemporâneo uma gama de recursos capazes de viabilizarem a geração da energia elétrica através dos mais variados meios, e de forma cada vez mais eficiente.
Parte importante desse avanço, a geração da energia pelo efeito fotovoltaico, produzida a partir da exposição de materiais como o Silício a luz solar, tem ocupado lugar de destaque em meio às já tradicionais matrizes energéticas. Embora possa parecer simples, considerando que o sol nasce para todos, os processos de captação, geração e distribuição dessa fonte de energia apresentam legislação dedicada, demandam equipamentos de altíssima capacidade tecnológica, além de um minucioso planejamento para a estruturação de uma usina capaz de obter o máximo rendimento possível.
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Recém-conectada na cidade de Pirapora, região Norte de Minas, a Usina Fotovoltaica (UFV) Corvina, primeiro empreendimento da Empresa Mineira de Geração Distribuída, foi concebida e projetada com o amparo desses avanços. Um dos mais significativos deles, o sistema de trackers, trabalha como uma espécie de seguidor solar, posicionando os painéis de captação no melhor ângulo de inclinação, em relação à incidência de irradiação solar, para cada momento do dia. Para que isso aconteça, um algoritmo integrado a um conjunto de sensores comanda um sistema hidráulico que atua na movimentação dos módulos, aumentando seu rendimento em até 25%, se comparado aos sistemas montados com estrutura fixa.
Nas mais de 35 usinas fotovoltaicas que serão construídas pela EMGD nos próximos anos, outra tecnologia também será utilizada a favor: os módulos bifaciais, como o próprio nome já diz, possuem a capacidade de processar a incidência de luz em ambos os lados, entregando ainda mais eficiência para as usinas de solo. Em comparação com os módulos monofaciais, a nova tecnologia se aproveita da quantidade de luz refletida pelo solo, utilizando a parte traseira do equipamento. A viabilidade do uso dessa tecnologia leva em consideração fatores como a altura do solo, o ângulo de inclinação e o coeficiente de reflexão do terreno. Dependendo da combinação desses elementos, os ganhos de desempenho dos módulos bifaciais podem alcançar até 10% da geração de energia em relação aos módulos convencionais.
Outro fator de destaque nos avanços do segmento é a acelerada evolução na produção das células fotovoltaica. Em 2015, os módulos comerciais de maior potência eram de 300 W a 320 W. Atualmente, a EMGD utiliza módulos de 440 W que ocupam praticamente a mesma área. Todavia, é o armazenamento de energia que tem se mostrado como uma nova fronteira de crescimento exponencial no uso da fonte solar. Containers com baterias estacionárias já estão sendo empregadas em alguns projetos de distribuidoras pelo Brasil. Além de melhorar a qualidade da energia fornecida, esse tipo de bateria alivia surtos, falhas e picos de demanda nos momentos de consumo elevado. Um dos grandes diferenciais desse sistema está na possibilidade das empresas de Geração Distribuída ofertarem a compensação do consumo em horários onde o cliente tem um custo mais elevado, ou de fornecerem parte da demanda de potência requerida por eles. Essas ações trazem benefícios tanto para os empreendedores, que passam a consumir uma energia limpa e com menor custo, e também para as distribuidoras, que contarão com um suporte no fornecimento de energia e potência para os consumidores nos horários de maior sobrecarga do sistema.
De acordo com um levantamento da Bloomberg New Energy Finance – equipe especializada na disponibilidade de dados, notícias e análises para o setor – o preço das baterias de íons de lítio caiu mais de 75% entre os anos de 2010 e 2018, sendo a segunda tecnologia que mais se barateou no setor elétrico mundial, atrás apenas da solar fotovoltaica, que reduziu 83% no mesmo período. Essa queda brusca nos preços é uma tendência que vem se confirmando, tornando a tecnologia cada vez mais acessível, e abrindo novas oportunidades para o avanço da energia solar.
No campo político, algumas decisões também fortalecem o caminho da energia fotovoltaica no Brasil. Sobretudo em Minas Gerais, onde recentemente o governador Romeu Zema anunciou, para Juiz De Fora, a construção da primeira fábrica de células de bateria de lítio-enxofre do mundo, uma tecnologia ainda mais avançada que a das baterias de íon-lítio. A chegada delas deve acelerar fortemente a transição energética das fontes fósseis para as fontes renováveis, e a Empresa Mineira de Geração Distribuída segue atenta e preparada para esse momento.