A construção civil, que continua em alta em 2021, sofre com escassez dos insumos e a demora nas entregas dos produtos da cadeia de aço
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou diversos dados sobre a construção civil. Segundo a FGV, o setor tem sido atingido pelo aumento dos preços do material de construção e as ameaças de desabastecimento podem prejudicar o setor. Os insumos de aço por exemplo, que estão em escassez no mercado, como planos, chapas, vergalhões, arames e até pregos, podem ter as entregas previstas para além de120 ou 130 dias.
Dados da construção civil
O Índice Nacional de Custo da Construção registrou alta de 1,89% em fevereiro de 2021, maior recorde desde junho de 2016, 1,93%. Neste mês, os custos com mão de obra ficaram praticamente estáveis, com variação de 0,12%. Os custos com materiais e equipamentos aumentaram 4,38%, maior alta desde novembro de 2002, que foi de 4,41%.
Segundo levantamento da FGV, os principais efeitos positivos no aumento dos custos com materiais e equipamentos em fevereiro de 2021 são: vergalhões e arames de aço ao carbono (21,34%), tubos e conexões de ferro e aço (11,56%), tubos e conexões de PVC (7,39%), tijolo/telha cerâmica (2,57%) e os condutores elétricos (3,78%).
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Alta nos preços dos insumos
Com o aumento da produção, a construção civil vem se recuperando e espera-se o maior crescimento histórico dos últimos oito anos. No Brasil todo, o valor dos insumos, de acordo com o Índice Nacional da Construção Civil (INCC) aumentou 17,72%.
Apesar disso, a construção civil é um dos cinco setores com menor queda na receita (30%). Da mesma forma, um estudo do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (CAGED) mostra que a construção civil é o setor que gera as maiores oportunidades de emprego: 136.500 empregos.