Governo espera que, com a construção da Usina de Angra 3, a tarifa média de energia vá cair impactando positivamente todo o SIN e não terá que arcar com R$ 10 Bi de custos
Durante um encontro na Associação Comercial do Rio de Janeiro, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, declarou que se a Usina Nuclear de Angra 3 não for terminada, os custos vão passar de R$ 10 bilhões aos cofres públicos.
Os custos seriam totalizados, principalmente, se forem levados em conta três motivos: os financiamentos envolvidos para a construção do empreendimento, a rescisão de cerca de 50 contratos firmados e a recuperação ambiental das áreas afetadas na construção.
No evento também, o Ministro divulgou o cronograma do MME para a retomada das obras. Em julho será divulgado o modelo de parceria para o término de construção da Usina, o edital deverá ser lançado até o final do ano e a assinatura com o parceiro privado acontecerá no segundo semestre de 2020.
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Em relação a parte operacional da usina de Angra 3, a construção acontecerá até 2025, pois o planejamento do MME é de executar os primeiros testes de produção de energia no segundo semestre de 2025 e começar a operação comercial um ano depois.
O ministro Bento Albuquerque é um defensor do programa nuclear brasileiro, e para o qual, julga ser imprescindível a construção de Angra 3, visando o barateamento da tarifa média.
Angra 3 será responsável pelo equivalente a 70% do consumo de eletricidade do estado do Rio. Hoje as usinas de Angra 1 e Angra 2 produzem 40% da demanda do estado.
Novo programa nuclear brasileiro
Outro dado importante revelado pelo ministro é que, segundo o PNE 2030 (Plano nacional de Energia), o Brasil precisará aumentar a oferta de energia nuclear em 4 mil megawatts (MW) nos próximos 11 anos, o equivalente à construção de 4 novas usinas nucleares.
Para o “up grade” do programa nuclear brasileiro existem estudos para se construir usinas nucleares no nordeste.
O pensamento do MME é que definindo o modelo de parceria para Angra 3 é que ele seja usado nos próximos empreendimentos do setor.
Segundo o ministro, o número de usinas previsto no PNE 2030 pode até aumentar, desde que se faça um planejamento seguro para tal, e confirmou que em 10 de dezembro será divulgado, pelo EPE (Empresa Pesquisa Energética), o estudo sobre este assunto a ser aprovado pelo MME.