Energia eólica offshore está em ascensão no mercado de energia renovável brasileiro
O senador Jean-Paul Prates (PT-RN) apresentou nesta quarta-feira projeto de lei que visa estabelecer um marco regulatório para futura exploração no Brasil de usinas de energia eólica offshore, instaladas no mar, uma tecnologia ainda inexplorada no maior país da América Latina.
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A energia eólica offshore se trata basicamente de uma fonte de energia limpa e renovável, que se mantém aproveitando-se da força do vento que sopra em alto-mar
Parques de energia eólica offshore costumam ser instalados em águas não muito profundas cerca de até 60 metros, e afastados da costa, das rotas de tráfego marinho, das instalações estratégicas navais e dos espaços de interesse ecológico.
A proposta do senador, sobre as usinas eólicas offshore, que ainda tramitará no Congresso, vem em momento em que empresas como a norueguesa Equinor e a Neoenergia, do grupo espanhol Iberdrola, desenvolvem os primeiros projetos da fonte no país, mesmo que em fase inicial, em primeiro momento, e sem estimativas quanto ao início da implantação.
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Brasil com cerca de 17 gigawatts em usinas de energia eólica
Ao longo da última década, o Brasil avançou rapidamente na energia eólica, ao sair praticamente do zero em 2009 para cerca de 17 gigawatts instalados nessas usinas, o equivalente a cerca de 10% da matriz elétrica, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Embora os parques de energia eólica offshore, bem mais caros e de construção complexa, ainda dependem de uma regulamentação para serem de fato alvo de investimentos locais, segundo especialistas, que também apontam grande disponibilidade de terrenos para eólicas em terra antes da necessidade de avanço das usinas para o mar.
Pelo projeto do senador Prates, o governo federal aprovaria outorgas para projetos eólicos offshore por meio do regime de autorização, que segundo ele é mais simples que uma concessão, por exemplo.
Senador defende projeto de usinas eólicas offshore no Brasil
Os interessados podem solicitar outorgas independentes, desde que realizem por conta e risco estudos sobre as áreas, que precisariam ser aprovados por órgão definido pelo Poder Executivo –provavelmente a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), segundo Senador Prates.
O senador defendeu que o Brasil pode ser o mais atraente do mundo para as eólicas offshore em um prazo “de cinco a dez anos” e afirmou que o projeto seria importante para viabilizar os investimentos e o desenvolvimento do setor.