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Senador apresenta PL que autoriza a venda direta de etanol por cooperativas, fornecedoras de cana-de-açúcar e associações de produtores rurais, sem a necessidade da intermediação de distribuidoras

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 30/07/2021 às 11:58
Etanol - cana-de-açúcar - PL - senador - distribuidoras
Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol subiu 0,51% na (Crédito: Agência Brasil/Arquivo)

Com o objetivo de evitar custos desnecessários, senador do PP/RS apresenta PL que exclui a necessidade de intermediação de distribuidoras, autorizando a venda direta de etanol por fornecedoras de cana-de-açúcar

Nesta quarta-feira (28), o senador Luis Carlos Heinze (PP/RS) apresentou um PL que autoriza a venda direta de etanol por fornecedoras de cana-de-açúcar, cooperativas e associações de produtores rurais, excluindo a necessidade da intermediação de distribuidoras.

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O PL do senador será válida para abastecimento de veículos, tratores, aviões agrícolas, máquinas dos cooperados, associados e membros associados. A proposta limita a compra do biocombustível em 30% do equivalente ao volume de cana-de-açúcar entregue para consumo próprio. O PL também permite que as cooperativas e associações mantenham as distribuidoras de etanol, exclusivamente, para fornecimento a seus associados.

No PL, o senador também autoriza a formação de cooperativas e associações para comercialização de etanol. Heinze oferta alterações na lei 9.478/97, da política energética, que determina a descentralização e institui novos critérios para a produção e a distribuição do biocombustível. Entre as alterações, está a venda direta para as distribuidoras, postos, associações, cooperativas e inclusive para o mercado externo.

De acordo com o senador, a intermediação das distribuidoras gera prejuízos aos produtores rurais que lutam contra a perda de eficiência em seus sistemas produtivos e ainda geram custos adicionais. A industrialização do etanol para uso próprio ou venda direta representará a democratização do sistema de distribuição de biocombustíveis no Brasil.

O senador, na justificativa do PL, afirma que o consumo mais próximo do local de produção reduz os impactos ao meio ambiente, com a diminuição da movimentação de cargas volumosas. Segundo ele, temos uma forma de gerar empregos, renda e desenvolvimento ao longo da produção de etanol por meio da cana-de-açúcar.

Motoristas substituem etanol por GNV

Com o aumento dos preços dos combustíveis, motoristas enxergam o gás veicular natural (GNV) como um combustível custo-benefício, que rende mais e ainda é muito mais barato.

Segundo especialistas, o novo combustível tem capacidade de reduzir em até 50% do valor gasto com combustíveis comuns, como o etanol, por exemplo. Só no estado de Pernambuco, no mês de maio de 2021, a quantidade de conversões, por mês, para o uso do GNV foi a maior em 15 anos, com mais de 1.000 conversões e com a soma dos primeiros seis meses foram mais de 4.700. Agora, o estado conta com mais de 70.000 veículos circulando com gás natural veicular.

Brasil pode ficar de fora da segunda onda do etanol

O Etanol tem avançado de forma rápida e é muito importante para a luta contra o aquecimento global, tendo em vista que reduz as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 70% em comparação a um combustível fóssil.

Apesar do cenário ser favorecedor para o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar e do milho, há chances do Brasil ficar de fora desse crescimento devido ao custo Brasil.

Segundo Luis Carlos Júnior Jorge, presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis, o país ficará de fora devido ao custo Brasil e afirma também que não somos competitivos em relação ao peso da carga de impostos, mas ainda há tempo para que tudo seja resolvido e a indústria de base do Brasil no grande mercado de etanol que está por vir.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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