Rodada de licitações na Bacia de Pelotas aumenta otimismo na indústria de águas profundas do Brasil.
A última rodada de licitações, realizada no dia 13 de dezembro, resultou no leilão de 193 blocos de petróleo e gás no Brasil, indicando um cenário promissor para o setor, de acordo com as análises da consultoria Wood Mackenzie.
Nesse processo de negociação, os destaques incluíram o valor total em bônus de US$ 85 milhões, a aquisição de 44 blocos na Bacia de Pelotas – sendo 29 operados pela Petrobras e 15 pela Chevron – e a atração de licitações em todas as Bacias, inclusive na Bacia do Paraná.
Rodada de Licitações Brasileiras: Resultados e Participantes
• Uma única operadora brasileira, Elysian, adquiriu 122 blocos terrestres
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• BP, Equinor, Karoon e CNOOC irão operar blocos na Bacia de Santos
Comentando os resultados, Marcelo de Assis, diretor de pesquisa da Wood Mackenzie, disse: ‘A rodada de licitações brasileiras foi bem-sucedida e injetou algum otimismo nas águas profundas brasileiras após as recentes decepções na exploração do pré-sal. Essa rodada de licitações abriu uma nova fronteira, a Bacia de Pelotas, com consórcios liderados pela Petrobras disputando áreas com a Chevron. A Chevron foi a que mais gastou. Depois das descobertas na Namíbia e das atividades em andamento no Uruguai, os exploradores estão reavaliando Pelotas no Brasil.’
Segundo de Assis, a Petrobras concentrou suas ofertas apenas em Pelotas. Foi uma surpresa que a Petrobras esteja abrindo outra área de fronteira além da Margem Equatorial, após mais de uma década de esforços exploratórios nas Bacias de Campos e Santos. A Petrobras fez parceria com Shell e Shell e CNOCC, dependendo dos blocos.
A BP foi a única licitante para contratos de partilha de produção no polígono do pré-sal. Adquiriu o bloco Tupinambá oferecendo 6,50% do lucro do governo em petróleo (único parâmetro de licitação), valor próximo do mínimo (4,88%). Esta área é adjacente a outro bloco operado pela BP.
Participação das Empresas e Perspectivas de Exploração
As rodadas de licitações foram marcadas pela diversidade de participantes e pelo interesse crescente na licenciamento de petróleo e gás. A presença da Petrobras, BP, Equinor, Karoon, CNOOC e Elysian evidencia a relevância do setor e impulsiona a transação de blocos em áreas estratégicas, como a Bacia de Pelotas. A competição entre as operadoras brasileiras e internacionais reflete um mercado dinâmico e promissor, pautado pela pesquisa e exploração de reservas em águas profundas.
A consolidação dos contratos de partilha de produção na Bacia de Santos e a entrada da BP nesse cenário demonstram um movimento significativo no contexto do licenciamento de petróleo e gás no Brasil. A exploração de áreas adjacentes e a formação de parcerias estratégicas entre as empresas prometem impulsionar o avanço do setor e estimular novas negociações de blocos em regiões fronteiriças.
Desafios e Oportunidades na Indústria de Petróleo e Gás
O panorama das rodadas de licitações revela um cenário desafiador, mas repleto de oportunidades para as empresas envolvidas. A diversificação das atividades de pesquisa e exploração, aliada ao crescimento do mercado de bônus e contratos de partilha de produção, sugere um ambiente propício para investimentos e transações no setor de petróleo e gás no Brasil.
A inovação e a estratégia empresarial se destacam como elementos fundamentais para o sucesso nesse contexto competitivo, no qual as operadoras buscam consolidar suas posições e ampliar suas atuações em áreas promissoras, como a Bacia de Pelotas. A busca por soluções eficientes e a adaptação às demandas do mercado são essenciais para garantir a sustentabilidade e o crescimento da indústria de águas profundas no país.