Você é feliz no trabalho? Um estudo de Harvard revela as profissões mais infelizes. Descubra se a sua está na lista e como a flexibilidade pode ser a solução para melhorar a qualidade de vida dos profissionais.
Imagine trabalhar em uma profissão que, em vez de trazer satisfação, só causa descontentamento e estresse. Um estudo alarmante da Universidade de Harvard revelou que mais de 40% das pessoas são infelizes em seus empregos.
Mas, o que leva tantas pessoas a se sentirem assim? E, mais importante, será que a sua profissão está na lista das mais infelizes? Leia a matéria até o fim e descubra as respostas.
De acordo com a pesquisa, dentre o roll de profissões que contam com mais pessoas que sofrem com sentimentos negativos no trabalho estão técnicos de farmácia, engenheiros de projetos e professores.
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Esses e outros trabalhadores enfrentam uma combinação de baixos salários, jornadas exaustivas e tarefas repetitivas que, dia após dia, minam sua satisfação e bem-estar.
As profissões que mais geram infelicidade
Veja se o seu trabalho está entre os mais propensos a gerar infelicidade:
- Técnico de farmácia
- Engenheiro de projetos
- Professor
- Assistente administrativo
- Caixa
- Diretor-geral
- Analista de dados
- Representante de atendimento ao cliente
- Vendedor de varejo
- Gerente de contas de vendas
- Entregador
- Caminhoneiro
- Guarda de segurança
- Trabalhador noturno
Os motivos por trás do descontentamento
Vários fatores contribuem para a infelicidade no trabalho. Entre eles estão:
- Falta de oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional.
- Salários baixos.
- Tarefas repetitivas.
- Longas jornadas.
- Pressão constante.
- Distância hierárquica.
- Interação constante com problemas alheios.
- Responsabilidade elevada.
- Isolamento social.
- Exposição a condições climáticas adversas.
- Problemas de saúde associados à longa permanência sentada.
- Dificuldade de conviver com amigos e familiares em horários diferentes.
É possível melhorar essa situação?
Para combater o adoecimento psíquico dos funcionários, algumas empresas têm investido em palestras, aplicativos e terapias online, além de consultas com psiquiatras. No entanto, essas medidas podem não ser suficientes.
Em entrevista ao portal UOL, Jairo Bouer, psiquiatra pela Faculdade de Medicina da USP, afirmou que “se a saúde mental realmente se tornou uma prioridade para as corporações, seria importante refletir até que ponto as relações com o trabalho não estão na origem do problema”.
“Assim, repensar as condições do emprego (como a carga horária), além das proteções e benefícios ao colaborador, poderiam ter um papel central na prevenção dos transtornos mentais”, disse o médico.
Flexibilidade como solução
Ainda conforme ele, para boa parte dos trabalhadores, um emprego realmente flexível deveria investir não apenas onde as pessoas querem trabalhar, mas também em quando e quanto querem se dedicar às suas funções. A produtividade não dependeria unicamente de estar em um local determinado por oito horas consecutivas.
Embora algumas ocupações sejam dependentes do tempo, profissões como as de professores que dão aulas ou médicos que fazem plantões, muitas outras podem ser mais flexíveis. “Assim, trabalhadores poderiam ajustar escalas de acordo com sua rotina, o que traria benefícios para sua saúde e produtividade, com uma força de trabalho mais satisfeita e engajada”, afirma o psiquiatra.
Em seguida, ele cita que pais e mães, por exemplo, poderiam adequar seu horário conforme as demandas criadas pela educação dos filhos, o que poderia reduzir o eterno conflito entre carreira e cuidados parentais. “Além disso, muita gente trabalha melhor logo cedo, enquanto outros preferem à tarde e à noite. Adequar o trabalho ao ritmo biológico pode melhorar a dedicação e a criatividade”, completa.
Experimentos com jornadas reduzidas
Jornadas de quatro dias na semana, 30 horas de trabalho, e períodos de maior dedicação intercalados com períodos mais tranquilos são algumas das estratégias já adotadas por algumas empresas e governos.
Em uma entrevista publicada no jornal “El País“, o psicólogo e antropólogo britânico James Davies, professor da Universidade de Roehampton, defendeu que uma redução na jornada de trabalho teria o potencial de melhorar a saúde mental da população.
Para ele, a sociedade moderna medicou nossas emoções e busca apenas aliviar sintomas, ao invés de investir em mudanças sociais que poderiam prevenir sofrimentos e transtornos mentais, como empregos e salários melhores e mais tempo livre.
A raiz do problema nas profissões
Para especialistas, a obsessão do sistema em criar pessoas mais produtivas e consumidoras, em detrimento da felicidade e do bem-estar, tema muito bem explorado pelo filósofo sul-coreano Byung-Chul Han em seu livro “Sociedade do Cansaço”, pode estar na raiz do crescente número de pessoas com problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e burnout.
Agora, queremos saber a sua opinião: você acredita que a flexibilização das jornadas de trabalho poderia realmente melhorar a qualidade de vida dos profissionais? Deixe seu comentário!