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Preço do diesel volta a subir e caminhoneiros exigem taxa sobre exportação de petróleo para aliviar custo do combustível

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 27/05/2021 às 12:55
Atualizado em 30/05/2021 às 09:18
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Greve dos caminhoneiros / Fonte: Reprodução – Via Google

As reclamações dos caminhoneiros, que chegaram a promover uma greve histórica contra o preço do combustível diesel em 2018, seguem constantes ao Governo

Após o preço do diesel voltar a subir com o fim de uma isenção temporária de impostos federais, que valeu por dois meses, o grupo CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), que reúne representantes de caminhoneiros, defendeu a taxação de exportações de petróleo e a utilização do mesmo para reduzir impostos sobre os combustíveis. A cobrança foi emitida ontem (25/05), pelo grupo, em carta aberta ao presidente Jair Bolsonaro.

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O comando da Petrobras foi trocado neste ano pelo Governo, que nomeou o general Joaquim Silva e Luna no lugar de Roberto Castello Branco. A mudança ocorreu devido às queixas sobre as políticas de preços adotadas pela estatal.

O Governo disse que, nesse mês de maio, o preço do diesel está desequilibrado e que a Petrobras “vai visar o lucro, sim, mas vai visar a parte social”.

Lembrando que em 2018 os caminhoneiros promoveram uma greve história contra o valor do diesel

A demanda dos caminhoneiros, que chegaram a promover uma greve histórica contra os preços do diesel em 2018, segue-se ainda a constantes reclamações do próprio presidente Bolsonaro sobre o custo dos combustíveis.

Na carta enviada ao presidente Bolsonaro, a CNTRC pede que o Governo adote a taxação de exportações de petróleo bruto “como medida imediata”, enquanto outros pleitos devem ser analisados, como o fim da busca pela paridade de importação.

“Os recursos advindos da taxação na exportação de petróleo bruto poderão ser utilizados para compensar Estados e União na redução de impostos sobre combustíveis”, sugeriu o grupo de caminhoneiros.

Desde que Luna tomou posse, em 19 de abril, a Petrobras realizou apenas um reajuste de preços (um recuo para gasolina e diesel), anunciado em 30 de abril. O cenário internacional contribuiu, uma vez que os preços tiveram uma certa estabilidade.

Gasolina da Petrobras vendida para as distribuidoras de combustíveis acumula alta de mais de 40% neste ano, e diesel 34%

Mesmo com o recuo dado pelo atual presidente da Petrobras, a gasolina da estatal vendida para as distribuidoras de combustíveis acumula alta de mais de 40% neste ano, enquanto o diesel, de 34%.

Em meio a essas discussões, a Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que o valor médio da gasolina da Petrobras está atualmente 2% abaixo da paridade de importação e o diesel 3% abaixo, inviabilizando compras externas pelos seus associados.

Na carta, o representante dos caminhoneiros ainda afirma que a atual direção da Petrobras já divulgou de diversas formas sua intenção de manter a política de Preço de Paridade de Importação, “alterando apenas os intervalos de correção”.

O CNTRC afirmou, também, não foi possível obter uma resposta imediata de órgãos do Governo e da Petrobras.

Etanol dispara e atinge quase R$ 7 nos postos de combustível; redução promete chegar nas próximas semanas para aliviar o bolso do consumidor

Preços da gasolina e etanol disparam, todos os dias, nos postos de combustível e dão um soco no bolso dos consumidores, que não têm para onde correr. O preço do etanol chega quase R$ 7 na região Sul do país, revela a pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 1º e 21 deste mês. De acordo com Mario Campos, presidente da Siamig, a redução vai chegar às bombas nas próximas semanas e aliviar o bolso do consumidor.

Apesar da disparada no preço do etanol, o executivo pondera que houve produção — ainda que inferior à registrada nos anos anteriores — e, por isso, os preços devem cair em breve nos postos de combustível, e aliviar o bolso do consumidor.

“A redução vai chegar às bombas nas próximas semanas nos mercados onde o etanol é mais competitivo, como São Paulo, Paraná e Minas Gerais. No entanto, a paridade de preços com a gasolina deve ser menos comum, em função da safra ter sido menor”, disse.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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