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Petrolífera saudita Saudi Aramco registra lucro recorde maior que o PIB da metade dos países do mundo

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 16/08/2022 às 12:55
Petrolífera saudita Saudi Aramco
Foto: Pixabay/Saudi

A Petrolífera saudita Saudi Aramco registrou um lucro recorde maior que o PIB de diversos países. O lucro é quase o dobro do último ano e o motivo pode estar ligado à Guerra na Ucrânia.

A gigante petrolífera saudita Saudi Aramco superou suas expectativas, batendo seu próprio recorde, com um lucro de US$ 48,4 bilhões no segundo trimestre deste ano. O lucro é 90% maior em relação ao do último ano e representa o ganho mais alto do maior exportador de energia do mundo, desde sua entrada na Bolsa, há três anos. Para se ter uma noção do recorde, a cifra é maior que o Produto Interno Bruto (PIB) de mais da metade dos países do mundo. 

Saudi Aramco manterá seus dividendos inalterados

Caso fosse uma nação, a petrolífera ocuparia a 88ª posição do ranking do Banco Mundial, que lista o PIB de 207 países, no último ano, mais precisamente, entre a República Democrática do Congo (com US$ 53,9 bilhões) e a Tunísia (com US$ 46,8 bilhões).

A invasão da Ucrânia pela Rússia resultou em um grande aumento nos preços do petróleo e do gás, tendo em vista que os russos estão entre os maiores exportadores do mundo todo. Entretanto, os países ocidentais se comprometeram a reduzir sua dependência do país em relação às suas demandas energéticas. Segundo a Bloomberg, os números da gigante petrolífera saudita Saudi Aramco representam o maior lucro trimestral ajustado de qualquer empresa listada em Bolsa.

Além dos lucros recordes que podem ser comparados ao PIB de vários países, a companhia de energia saudita anunciou que manterá seus dividendos inalterados em US$ 18,8 bilhões no terceiro trimestre. A empresa afirma que continuará expandindo suas operações para satisfazer a demanda.

Valores na petrolífera já subiam antes da Guerra

Segundo Amin Nasser, CEO e presidente da saudita Saudi Aramco, apesar da volatilidade do mercado global e da incerteza econômica permanecerem, os acontecimentos durante o primeiro semestre de 2022 sustentam a visão da companhia de que o investimento contínuo em seu setor é essencial, tanto para contribuir com que os mercados continuem bem abastecidos quanto para tornar a transição energética ordenada ainda mais fácil.

O executivo da petrolífera ainda acrescenta que, na verdade, a expectativa é que o petróleo continue aumentando seus valores pelo resto da década, embora haja queda nas pressões econômicas de acordo com as previsões globais de curto prazo.

Os preços do petróleo já estavam subindo antes mesmo da Guerra na Ucrânia, quando as economias começaram a se recuperar do prejuízo gerado pela pandemia do Covid-19, e a demanda superou a oferta.

Governos podem atribuir impostos na compra de petróleo

As maiores petrolíferas de todo o mundo, como ExxonMobil, BP e Chevron, registraram lucros enormes neste ano, levando a pedidos consecutivos aos governos para imporem um imposto extraordinário em meio a um aumento enorme do custo de vida.

No mês de junho, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que a Exxon havia ganhado mais dinheiro do que Deus este ano. Vale ressaltar que a Arábia Saudita é a maior produtora individual da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), grupo representado pelas maiores petrolíferas do mundo.

Na última semana, a Opep+, que inclui a Rússia, concordou em expandir ligeiramente a produção de um esforço para que os altos preços do petróleo fossem aliviados. Entretanto, o aumento mais recente da produção está em um ritmo bem mais lento se comparado com os últimos meses. A decisão foi um golpe para líderes mundiais, incluindo o presidente dos EUA, que fizeram um pedido para que a produção fosse intensificada.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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