Praias do Rio correm risco de interdição após chegada do “petróleo cru”. O Rio é o décimo primeiro estado atingido pelo derramamento de origem ainda desconhecida.
Depois da confirmação de que o derramamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste e do Espírito Santo chegou ao estado do Rio de Janeiro, o Ministério Público do estado informou que avalia a necessidade de interdição da Praia de Grussaí, no litoral norte fluminense, onde foram detectados os fragmentos de óleo. Em outubro, nós do Click Petróleo e Gás informamos alertamos que o Petróleo em praias do Nordeste chegariam no Rio de Janeiro.
O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), informou neste sábado, 23, que sexta 22, pequenos fragmentos do material – cerca de 300 gramas – chamado “petróleo cru”, foram encontrados e removidos na Praia de Grussaí, em São João da Barra, no litoral do Rio de Janeiro.
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O material foi analisado pelo Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) e constatado como “compatível com o óleo encontrado no litoral da região Nordeste e Espírito Santo”, afirmou o grupo no texto.
Desde o fim de semana, um grupamento de militares da MB se encontra no local para monitorar e limpar a área atingida, com a colaboração de servidores do Ibama.
O avanço da mancha de óleo em águas nacionais motivou um comentário do presidente Jair Bolsonaro. Que no sábado, disse que não há como saber quanto de óleo foi derramado próximo à costa brasileira.
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Para o presidente, é preciso preparar-se para o pior cenário. “Gostaríamos muito de que fosse identificado quem, no meu entender, cometeu esse ato criminoso.
Agora, não sabemos quanto de óleo tem no mar. Na pior hipótese, um petroleiro, caso tenha jogado no mar toda sua carga, menos de 10% chegou à nossa costa, ainda. Nos preparemos para o pior. Pedimos a Deus que isso não aconteça”, disse durante evento na Vila Militar do Rio de Janeiro.
Segundo o monitoramento do Ibama, o derramamento de óleo atingiu 720 municípios do litoral brasileiro. O desastre foi identificado inicialmente nas praias do estado da Paraíba, em agosto.
Em seguida, espalhou-se em grandes quantidades pelo Nordeste. No início de novembro, a mancha chegou ao estado do Espírito Santo (Sudeste) e ao norte do Rio. Assim, subiu para onze o número de estados brasileiros atingidos pelo poluente.