Próximo movimento da Petrobras irá definir a estratégia da companhia em relação ao preço da gasolina
O consumidor precisa preparar o bolso mais uma vez! De acordo com o estudo técnico da Ativa Investimentos, para eliminar a defasagem entre o preço do combustível no Brasil e cotação internacional, a petroleira brasileira Petrobras vai precisar aumentar o preço da gasolina em 6%.
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“Nos últimos reajustes, a Petrobras fez elevações deixando, em média, 14% de potencial altista para trás, o que atribuíamos a uma defasagem temporal na correção”, avalia o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez.
Próximo reajuste da Petrobras, ou a ausência dele, será relevante para o comportamento da gasolina nos próximos meses
Segundo a corretora, começam a circular hipóteses que o benchmark da Petrobras não é a zeragem completa da defasagem, mas sim um patamar mais baixo, a fim de garantir market share. “Se essa hipótese estiver correta, seria como se a paridade devesse ser calculada com o preço internacional somada a um deságio do market share proposto pela companhia”, explica Sanchez.
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Se a Petrobras estiver colocando esse deságio na conta, é possível que haja redução do preço da gasolina nos próximos dias. “No longo prazo a estratégia pode gerar arbitragem, mas no curto prazo é completamente cabível”, explica o economista-chefe da Ativa.
Apesar disso, a Ativa não acredita em novos reajustes no momento. E o próximo movimento da Petrobras irá definir, afinal, qual é a estratégia da companhia.
“Com toda sorte, o próximo reajuste, ou a ausência dele, será muito relevante para ajustarmos as perspectivas sobre o comportamento da gasolina ao dos próximos meses. Caso o próximo reajuste seja baixista, apesar do potencial altista, reforça a hipótese de market share. Se ficar parado e/ou tivermos um reajuste altista, reforça a hipótese sobre defasagem temporal (espera por estabilização)”, diz Sanchez.
Para fugir dos preços altos da Petrobras, brasileiros correm para comprar gasolina por metade do preço e combustível é limitado a 15 litros para evitar desabastecimento em Porto Iguaçu
O Governo argentino decidiu limitar a venda de gasolina na cidade que faz fronteira com Brasil. A medida tem como objetivo frear a corrida de brasileiros aos postos de combustíveis da cidade de Porto Iguaçu, município vizinho a cidade de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná. A procura é tanta, que os postos de combustíveis começaram a aceitar pagamento em real, e não em peso argentino.
A venda da gasolina para estranjeiros é limitada a 15 litros para evitar o desabastecimento na cidade argentina, uma vez que o litro da gasolina em Porto Iguaçú (Argentina) é praticamente a metade do preço encontrado na cidade vizinha Foz do Iguaçu (Brasil), onde o combustível é vendido em média por R$ 6,90.
Além de brasileiros, os postos argentinos têm atraído também paraguaios, que têm pagado aproximadamente R$ 4,10 pelo litro da gasolina. A ideia é justamente desestimular a ida de brasileiros e paraguaios para abastecer no local, já que os postos têm uma quota máxima.
Os postos já estavam realizando uma separação dos compradores em estrangeiros e argentinos, com fila exclusiva para cada categoria, agora vem esta nova decisão dos postos.
A medida foi tomada em consenso, depois das queixas dos moradores locais de longas filas que se formaram nos postos, a partir da abertura da fronteira. Leia a matéria completa aqui.