Apesar dos aumentos consecutivos feitos pela Petrobras no preço da gasolina, optar pelo derivado de petróleo é mais econômico que abastecer com o etanol.
Mesmo com o novo aumento nos preços da gasolina feito pela Petrobras nesta semana, encher o tanque com etanol deixou de ser vantajoso em todos os estados brasileiros. O biocombustível tem preço médio nacional de R$ 5,81, como mostra a pesquisa da ValeCard, empresa especializada em gestão de frotas.
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Apesar do recente aumento no derivado de petróleo anunciado pela petroleira estatal brasileira, para que valha a pena abastecer com etanol, seu custo precisa equivaler até 70% do preço da gasolina. Isso não acontece em nenhum estado.
No Piauí, a gasolina subiu em média 2,88% em relação ao mês anterior, a maior alta entre os estados do país. O preço do combustível registrou os menores avanços no Tocantins (1,14%) e no Acre (1,23%).
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Dentre as capitais, o valor médio é de R$ 6,37. Os campeões de preço foram Teresina (PI) e Rio de Janeiro (RJ), com a gasolina saindo em média a R$ 6,84 e R$ 6,78 o litro, respectivamente. Já os menores preços médios foram encontrados em Macapá (AM), a R$ 5,81 o litro; e São Paulo (SP), a R$ 5,98 o litro.
O levantamento da ValeCard foi realizado entre os dias 1° e 15° de outubro e levou em conta cerca de 25 mil postos credenciados.
Distribuidoras alertam risco de desabastecimento de gasolina e óleo diesel devido aos cortes de produção da Petrobras
As distribuidoras estão preocupadas, com uma possível falta de combustível a partir de novembro. As varejistas dizem, que a gigante do petróleo brasileiro Petrobras cortou parte da oferta de gasolina e diesel no próximo mês, aumentando o risco de escassez do insumo. Segundo a associação das distribuidoras Brasilcom, a Petrobras — que tem o monopólio do refino — tomou a decisão unilateralmente.
“A Petrobras tem autossuficiência em petróleo, mas não consegue refinar o suficiente para o consumo interno do país, portanto, as distribuidoras, hoje, tentam comprar da Petrobras, porque está mais barato do que importar e, como ela não tem produto para oferecer, está reduzindo as cotas de vendas futuras para não ficar sem produto às distribuidoras. Com isso, as distribuidoras terão de importar mais caro para não faltar produto e, repassar o custo a revenda, tirando, então, a responsabilidade da Petrobras e do governo deste possível aumento para sanar a defasagem da Petrobras”, disse Brasilcom.
Corte de cotas de combustível realizado pela Petrobras ameaça o país de desabastecimento. “As reduções promovidas pela Petrobras, que em alguns casos atingem mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em uma situação potencial de desabastecimento”, alertou a Brasilcom em nota.
Afirmação é refutada pela estatal. Em nota, a Petrobras informou que suas refinarias “estão operando normalmente e continuam cumprindo integralmente os contratos com as distribuidoras, de acordo com os termos e prazos vigentes”.
Biocombustível: entenda como o etanol, o mais novo substituto dos combustíveis provenientes do petróleo, como o gás natural, a gasolina e o diesel, promete mudar o destino da humanidade
Brasil se torna protagonista global quando o assunto é produção de etanol e biodiesel – o biocombustível que veio para substituir o gás natural, a gasolina e o diesel, e promete mudar o destino da humanidade. O país se tornou referência mundial em um cenário de urgência por alternativas que refreiem emissões de gases de efeito estufa, a transição energética, ou seja a passagem de uma matriz energética focada nos combustíveis provenientes do petróleo para uma com baixa ou zero emissão de carbono, baseada em fontes renováveis, é um dos maiores focos globais.
A descarbonização é pauta mundial e tratados globais como o Acordo de Paris e a campanha ¨Race to Zero¨ e ¨Race to Resilience¨, promovida pela ONU (Organização das Nações Unidas), que visam à diminuição de emissões de gases de efeito estufa, como metano e CO2, ganham cada vez mais engajamento. A redução de emissões será, inclusive, um dos principais temas da 26ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26), que será realizada entre outubro e novembro.
Nesta jornada pela adoção de outras matrizes energéticas, o biocombustível é uma das alternativas viáveis para diversos setores da economia. Produzido a partir de biomassa, como cana-de-açúcar e óleos vegetais, ou resíduos orgânicos, residenciais e industriais, o biocombustível é substituto para os combustíveis fósseis, como o gás natural, a gasolina e o diesel.
O Brasil é um dos países mais adiantados quando o assunto é biocombustível e referência mundial em produção de etanol e biodiesel, oriundos de biomassa. O primeiro é feito por meio da fermentação da sacarose de vegetais agrícolas como a cana-de-açúcar. Já o biodiesel é produzido a partir de óleos vegetais (como soja e girassol).