Construção de gasodutos no Brasil terá que ser acelerada para acompanhar o aumento da oferta de Gás natural até 2030
As recentes descobertas de Gás natural no offshore brasileiro tem levado a um outro assunto muito comentado no mercado: a expansão da malha dutoviária brasileira.
A feira Rio Pipeline 2019 que está acontecendo no Rio de Janeiro está recebendo debates muito interessantes sobre o setor e um deles é sobre os estudos feitos pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética), ligada ao MME.
Segundo o EPE o Brasil verá, até 2030, sua oferta de gás natural, aumentar dos atuais 59 milhões de metros cúbicos por dia para 147 milhões de metros cúbicos por dia.
A quase triplicação da oferta demandará uma expansão gigantesca da malha dutoviária brasileira. O Brasil tem hoje, cerca de 9000 km de gasodutos e concentrada na costa, prejudicando o alcance ao interior do país.
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Somente para efeito de comparação, a malha de gasodutos da Argentina tem cerca de 16 mil km, a da Europa 200 mil km e a dos EUA, 497 mil km.
Em um país de dimensões continentais como o nosso, isso faz muita diferença e prejudica hoje a distribuição e nos faz perceber quanto de investimento terá que ser feito na infraestrutura do setor para que o programa de abertura do novo mercado do gás lançado pelo governo federal tenha sucesso.
Estudos do EPE
São três os estudos feitos pelo EPE e que estão sendo apresentados na feira Rio Pipeline 2019, o Plano Indicativo de Processamento e Escoamento de Gás natural, o Plano Indicativo de Oleoduto e o Plano Indicativo de Gasodutos de Transporte.
Os estudos levam em consideração gasodutos já autorizados, além de novas rotas de escoamento do pré-sal, que hoje tem a rota 1 e 2 em operação e a rota 3 em conclusão.
Entre estes projetos podemos citar, o Gasoduto Brasil-Central, que ligará São Carlos (SP) a Brasília, onde devem ser construídos 905 km de linha, com investimentos de R$ 7,2 bilhões.
A EPE não poderia deixar de considerar a produção de Gás natural na Bacia de Sergipe-Alagoas, cujas recentes descobertas devem aumentar, principalmente a partir de 2025, a 30 milhões de metros cúbicos por dia em 2030.
Rotas brasileiras
Em relação as rotas 1,2 e 3, a capacidade de escoamento de 44 milhões de metros cúbicos por dia, mas só a produção do pré-sal será de 71 milhões de metros cúbicos por dia.
Portanto, pode se ver a importância da Rota 4 tradicional, que liga o pré-sal da Bacia de Santos ao litoral de São Paulo. A EPE também está analisando uma Rota 4 alternativa, que sai da Bacia de Santos e vai até o Porto de Itaguaí (RJ).
Outra rota em análise é a Rota 5, que sai do pré-sal da Bacia de Campos, com três alternativas de destino: Porto de Itaguaí, Porto do Açu e Tepor (Terminal Portuário de Macaé).
Já a Rota 6 ligaria a Bacia de Campos ao Porto do Açu ou ao Porto Central em Presidente Kennedy (ES).
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