Dídida milionária do Botafogo com a construtora Odebrecht põe em jogo não só a sede do clube mas também palacete, área social, cotas de transmissão entre outras coisas
No dia 28 último, advogados da Odebrecht apresentaram ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro um pedido para que seja expedido, com urgência, o termo de penhora da sede do Botafogo, incluindo o palacete e a área social do clube, na Rua General Severiano. O Botafogo corre, ainda, o risco de perder valores sobre cotas de transmissão de seus jogos e percentuais sobre os direitos de alguns jogadores.
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A penhora do imóvel honraria parte da dívida do Botafogo. A construtora cobra R$ 53.362.122,00 sobre um empréstimo feito em 2013. No período, o Botafogo recebeu R$ 30 milhões da Odebrecht em contrato pelo fechamento do Estádio Olímpico Nilton Santos para obras estruturais.
Em março deste ano, a juíza Paula de Menezes Caldas, da 49ª Vara Cível, aceitou o pedido da construtora. O caso se arrasta na Justiça do Rio desde 2017. Informações são do O Globo.
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Com 26 contratos ativos no Brasil e no exterior, Odebrecht espera se reerguer e faturar 1,1 bilhão de dólares em 2021
Odebrecht planeja dar a volta por cima e fechar o ano de 2021 com 1,1 bilhão de dólares na conta! Quase seis anos após a prisão de Marcelo Odebrecht, que arruinou com a construtora, o grupo tenta reerguer a empresa, com novas obras e um possível sócio para ajudar a financiar a retomada, conforme anunciado por nós do Click Petróleo e Gás
Odebrecht Engenharia e Construção (OEC) viu seu faturamento e carteira de obras minguarem rapidamente enquanto uma série de problemas financeiros surgiam, como o vencimento de dívidas depois que veio a tona esquemas de corrupção envolvendo a empresa.
Longe dos “tempos de vaca gorda” onde a empresa tinha contratos com megaempreendimentos de infraestrutura que tornaram a companhia uma das gigantes do mundo no setor, Odebrecht passa por uma reestruturação financeira e visa conquistar novos contratos de obras.
Odebrecht chegou atingir um faturamento de R$ 32,4 bilhões em 2014, impulsionado pelas obras da Copa do Mundo e da Olimpíada, o que representa um cenário totalmente contrário enfrentado pela companhia em 2020, onde as receitas representaram apenas 10% desse montante, ou seja, a empresa faturou US$ 600 milhões cerca de R$ 3,3 bilhões.
Odebrecht tem 26 contratos ativos no Brasil e no exterior e pretende finalizar 2021 com 1,1 bilhão de dólares na conta
Atualmente a construtira Odebrecht conta com 26 contratos ativos, dos quais 15 são no Brasil e 11 no esterior em países como Panamá, Peru, Argentina, Guiana, Angola, Gana e Estados Unidos.
Além disso a empresa faturou nos últimos 12 meses seis obras. O presidente da empreiteira, Marco Siqueira, está otimista e espera dobrar o faturamento esse ano, para US$ 1,1 bilhão, cerca de R$ 6 bilhões.
A construtora tem 131 projetos que somam R$ 17 bilhões, em prospecção para serem explorados, porém com o poder financeiro baixo, Odebrecht enfrenta dificuldades para conseguir garantias e participar de todas as disputas do mercado.
“O nome do jogo agora é conquistar novos contratos.” O executivo reconhece, porém, que as condições serão diferentes. Além do tamanho da construtora, existe uma nova realidade de obras no País: os megaempreendimentos deram lugar a projetos menores e mais espalhados.
Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) e o Ministério Público Federal encerraram o monitoramento
Diferentemente do passado, quando a OEC só disputava grandes licitações, hoje o objetivo é incrementar a carteira de obras. “Mas devemos focar em contratos acima de R$ 150 milhões”, diz Siqueira. No fim do ano passado, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) e o Ministério Público Federal encerraram o monitoramento externo feito no grupo durante quatro anos.
O trabalho de fiscalização fazia parte do acordo de leniência, fechado em 2016 com o DoJ e autoridades brasileiras e da Suíça. O advogado Otavio Yazbek, que foi o monitor brasileiro na empresa, considera que quem contrate a Odebrecht demande algum tipo de segurança adicional. “Mas entendo que a empresa tem condições de mostrar os avanços e o que está em vigor, e isso é o mais importante para enfrentar os riscos e desafios de novas linhas de negócio.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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