Acordo entre Nuclep e Eletronuclear foi firmado na última terça-feira (dia 20), a fim de negociar a fabricação e a entrega de equipamentos para a construção da usina nuclear Angra 3
Na manhã desta sexta-feira (dia 20), foi firmado um novo e importante acordo dentro do mercado nuclear brasileiro. Isso porque a Nuclep assinou um termo de intenção de contrato, que diz respeito à fabricação e entrega de novos trocadores de calor para a Eletronuclear. Tais equipamentos serão utilizados na usina nuclear Angra 3, que deve retomar sua construção no mês de agosto. Além disso, o contrato em si, responsável por legitimar o negócio, deve ser assinado no próximo mês.
A cerimônia de assinatura do termo foi realizada na sede da Nuclep, em Itaguaí (RJ). Do evento, fizeram parte o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o presidente da Nuclep, contra-almirante Carlos Seixas, o presidente da Eletronuclear, Leonam Guimarães, o presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento de Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha, e o parlamentar Júlio Lopes. O valor total do contrato a ser assinado entre as duas empresas equivale a mais de R$ 400 milhões e demonstra a importância do desenvolvimento desse segmento energético para o país.
Durante a cerimônia, o governador fluminense ouviu também algumas das demandas do setor nuclear como um todo. O presidente da Nuclep, por exemplo, argumentou em favor de que a empresa tenha direito a um desconto na cobrança do ICMS, a fim de que a sua competitividade seja ampliada. Já o presidente da ABDAN comunicou a Castro a importância de lutar para que a quarta usina nuclear do Brasil, prevista no Plano Decenal de Energia 2031, seja estabelecida no estado do Rio.
Celso Cunha afirmou à mídia que teve a oportunidade de conversar com o governador, pedindo que ele lute para que a construção da quarta usina nuclear brasileira ocorra no estado do Rio de Janeiro. Segundo ele, outro pedido feito a Cláudio Castro foi o de que ele participasse dos esforços em prol da cadeia produtiva das atividades nucleares e da criação de um cluster nuclear na região Sudeste.
A iniciativa da realização da assinatura na fábrica da Nuclep partiu do Deputado Federal Júlio Lopes, que sempre se mostrou interessado e ativo em pautas nacionais voltadas à matriz energética brasileira. Para ele, o Rio é a capital do setor nuclear no Brasil, uma vez que é onde estão localizadas as usinas, empresas e a mão de obra especializada do país. Lopes afirmou, ainda, que a Nuclep é a única empresa brasileira a fabricar o que ninguém mais pode, constituindo um patrimônio estratégico do país.
Eletronuclear firma contrato e retoma obras da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro
A usina nuclear de Angra 3 que a Eletronuclear terminará de construir está com 65% das obras concluídas e irá demandar mais R$ 17 bilhões para ficar completamente pronta.
Após o Conselho de Administração da Eletrobras ter fornecido o aval para que as obras da usina nuclear de Angra 3 sejam concluídas, a subsidiária Eletronuclear firmou o contrato com o consórcio que tem como líder a empreiteira Ferreira Guedes, composto também por Matricial e ADtranz, para que o projeto seja alavancado.
O consórcio que fará as obras na usina de Angra 3 foi vencedor da licitação das obras do Plano de Aceleração do Caminho Crítico da Usina, o qual irá demandar aproximadamente R$ 300 milhões, envolvendo realizar a construção do prédio do reator e dos demais prédios de segurança.
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