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Energia solar, que já proporcionou R$ 75 bilhões ao Brasil, pode substituir a hidrelétrica na matriz energética nacional, segundo a Absolar

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 31/03/2022 às 11:06
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Foto: Reprodução Google Imagens (via Elsys Blog)

A Absolar prevê que em 2 ou 3 décadas a energia solar seja tão acessível que toda a população opte por ela

No dia 30 de março, quarta-feira, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), que representa o setor de energia solar no país, realizou a eleição do Conselho de Administração para os anos de 2022 a 2026. Ronaldo Koloszuk será o presidente da Associação por mais um período de quatro anos.

Ronaldo afirmou ao veículo de notícias Exame que a reeleição é uma evidência da confiança que os associados depositam em sua equipe. Durante o tempo em que ele vem ocupando a frente do conselho da Absolar, Koloszuk observou o setor de energia solar crescer amplamente. Somente em março, a fonte atingiu 14 gigawatts de potência operacional, ultrapassando, assim, a usina de Itaipu, que corresponde a maior hidrelétrica do Brasil. Desde 2012, época em que a energia solar ganhou mais destaque nacional, essa fonte renovável trouxe quase 75 bilhões de reais em investimentos, além de gerar 420 mil vagas de empregos.

Para o executivo da Absolar, a energia solar é atrativa em termos econômicos e tecnológicos. “Com um dia de instalação, o cliente consegue uma redução de até 90% na conta de luz. Em três anos, o investimento se paga”, explica Koloszuk.

Substituição da energia hidrelétrica pela solar

De acordo com dados fornecidos pela Bloomberg, o dirigente da Absolar não tem dúvidas quanto à presença da energia solar no mercado do Brasil. Segundo ele, em 20 ou 30 anos, é possível que a energia solar supere a hidrelétrica e se torne a fonte de energia número mais utilizada em território nacional, caminhando para uma transição energética. “A solar está ficando cada vez mais barata. Quem cotou uma instalação há dois e achou caro, hoje não acha mais”, reitera ele.

Outro fator que impulsiona o crescimento da energia solar é a sua facilidade de instalação. Para exemplificar, uma usina de grande escala é construída totalmente ao longo de um ano e meio; correspondente a uma fração do período de tempo necessário para se consolidar uma usina hidrelétrica ou, ainda, um parque eólico. Para uma comparação mais clara, finalizar a construção da usina nuclear de Angra 3 deve levar, no mínimo, 10 anos.

Conforme um estudo da Singularity University apontado por Koloszuk, a energia solar está ficando tão barata, que pode até sair sem nenhum custo. “O carro elétrico trará uma grande transformação no setor de energia. A oferta crescerá tanto que a energia será compartilhada como se faz com o Wi-Fi”, diz o presidente da Absolar, referindo-se ao tipo de carro mais promissor do mercado atual.

Esta fonte renovável corre risco com a Guerra?

Mesmo com a crise do petróleo afetando o mercado mundial, como consequência da Guerra na Ucrânia, o contexto da energia solar segue com boas previsões. De acordo com o dirigente da Absolar, no começo, a guerra preocupou a entidade, mas agora é pouco provável que afete negativamente o setor. A pior hipótese seria a separação do mundo, com a China do lado oposto ao do Brasil – nesse cenário, haveria empecilhos em importar equipamentos, já que o gigante da Ásia é o maior produtor e fornecedor. No entanto, as probabilidades são remotas.

Nesse sentido, evitar a popularização dos painéis solares entre a população brasileira, somente será possível quando houver uma tecnologia que seja ainda mais eficiente e barata. De acordo com a Absolar, não há previsão de nenhuma concorrente se aproximando.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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