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Nova tecnologia pode permitir que carros elétricos sejam movidos a etanol! Inovação reduziria emissões e tornaria a mobilidade sustentável mais acessível

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 26/02/2025 às 09:28
Nova tecnologia permite carros elétricos movidos a etanol! Inovação pode reduzir emissões e tornar a mobilidade sustentável mais acessível
Foto gerada por IA

Cientistas desenvolvem nova tecnologia que pode transformar o setor de carros elétricos, permitindo veículos movidos a etanol com maior autonomia e emissões reduzidas.

Em um artigo publicado no começo deste mês no Journal of Energy Chemistry, pesquisadores do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE) e colaboradores alertam sobre as vantagens e desafios de uma nova tecnologia que poderá trazer um carro elétrico a etanol. A tecnologia de células a combustível que trará um carro elétrico movido a etanol é a MS-SOFCs (célula a combustível de óxidos sólidos suportada em metais – sigla em inglês).

Nova tecnologia para carros elétricos pode contribuir com a sustentabilidade

Segundo os autores do estudo, a nova tecnologia, que tem chamado a atenção na indústria e no meio acadêmico nos últimos 20 anos, poderia contribuir para a transição energética no setor automotivo, principalmente em países como Brasil, Estados Unidos, Tailândia e Índia, que possuem uma ampla produção e venda de biocombustíveis.

Segundo Gustavo Doubek, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro do CINE, um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell, o estudo sobre a nova tecnologia para carros elétricos destaca que as MS-SOFCs representam uma solução promissora para a redução de emissões de gases poluentes na mobilidade, podendo ser uma alternativa essencial para a chegada de um carro elétrico a etanol.

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As células unem alta eficiência, durabilidade e flexibilidade de combustível, além de reduzirem as atuais limitações das baterias de elétricos, gerando um caminho viável para a transição energética do setor automotivo, sem os altos custos do hidrogênio ou as limitações das baterias tradicionais, que demoram para carregar.

O estudo sobre a tecnologia que permite carro elétrico movido a etanol faz parte de um esforço maior conduzido no âmbito do CINE, alinhado na busca por inovações focadas na descarbonização do setor de transportes que inclui trabalhos sobre novos materiais e arquiteturas para MS-SOFCs, além de pesquisas sobre reformadores e biocombustíveis.

Vantagens da nova tecnologia

Segundo os cientistas, quando comparada a outros sistemas de mobilidade, a nova tecnologia para carros elétricos apresenta uma série de vantagens. Com relação aos carros a etanol convencionais, aquele com MS-SOFC apresenta maior eficiência energética.

Em outras palavras, a mesma quantidade de biocombustível rende mais autonomia no carro movido a etanol com célula a combustível do que naquele com motor a combustão. Além disso, carros elétricos são mais silenciosos, reduzindo a poluição sonora, e mais confortáveis para condutores e passageiros.

Com relação aos elétricos com bateria, o carro elétrico a etanol se destaca pela rapidez no abastecimento do tanque, comparado com a recarga da bateria. Outra vantagem é a de não sobrecarregar a rede elétrica.

Além disso, a nova tecnologia é capaz de gerar energia a partir de bioetanol, biogás, biometano, amônia verde e, até mesmo, combustíveis fósseis. Sendo assim, na comparação com o carro a hidrogênio, o carro elétrico movido a etanol ganha em praticidade.

Carro elétrico a etanol pode provocar mudança positiva na indústria automotiva

Em um carro elétrico movido a etanol, o tanque é abastecido com algum combustível renovável, como, por exemplo, o etanol, que passa pelo reformador, componente responsável por extrair o hidrogênio que está presente na composição do biocombustível.

O hidrogênio, por sua vez, passa pela célula a combustível, na qual é oxidado e, juntamente com o oxigênio do ar que é reduzido, gera os elétrons necessários para carregar as baterias e supercapacitores e dar energia ao motor elétrico.

Como resíduos, o processo da nova tecnologia gera água, calor e um pouco de CO2, que é compensado pelo CO2 que a cana-de-açúcar consome na fotossíntese, levando a emissão líquida de carbono a um nível próximo a zero.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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