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O futuro é agora: Navio movido a energia eólica pode transportar até 7 mil carros

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 13/09/2020 às 08:41
Atualizado em 14/09/2020 às 05:43
energia eólica - navio
Navio movido a energia eólica

Navio movido a energia eólica usa até mesmo asas ao invés de velas, além de outras tecnologias; o futuro chegou

Um consórcio sueco formado pelo KTH Royal Insititute of Technology, de Estocolmo, a consultoria marítima SSPA, e sob a supervisão dos designers de navios da companhia Wallenius Marine, desenvolveu o Wind Powered Car Carrier (wPCC), um cargueiro transatlântico movido a energia eólica.

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Enquanto o segmento de veículos elétricos para usuários finais tem registrado forte crescimento nos últimos anos, no mundo comercial, ele não deu grandes saltos, principalmente quando falamos de transporte marítimo que utiliza energia eólica.

Navios elétricos não são uma abordagem muito próxima de carros elétricos, uma vez que o peso das baterias teria muito mais relevância no mar do que na terra. Por isso, ao invés de usar baterias, o navio de energia eólica usa “velas” que são impulsionadas pela força do vento, transmitindo o impulso para o casco, exatamente como faz um barco veleiro.

Até 90% mais limpo que navios comuns

O wPCC é um pouco mais curto que um navio contêiner de porte médio, mas é muito mais alto, devido às velas. Ele tem 200 metros de comprimento, 40 metros de largura e 100 metros de altura, sendo 20 metros do navio em si e mais 80 metros das velas.

Por razões de segurança e para entrar e sair do porto, o cargueiro terá motores adicionais, que deverão ser elétricos, a fim de manter seu aspecto sustentável. Por falar em sustentabilidade, o wPCC será capaz de transportar até 7 mil veículos, emitindo até 90% menos gases que um navio movido a combustíveis fósseis de mesmo porte.

O wPCC está previsto para começar a operar em 2024, e, por enquanto, só tem uma desvantagem em relação às embarcações que usam energia não-renovável: ele deverá levar 12 dias para atravessar o Atlântico, quase o dobro do tempo necessário para um navio comum, que cruza o oceano em sete dias.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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