O preço da gasolina teve alta de 74% em 2021. É a primeira vez que o fundo árabe que administra a antiga RLAM foi confrontado com um movimento de diminuição de preço da Petrobras
Em 2021, a Petrobras realizou 15 reajustes no preço da gasolina, sendo 11 aumentos e 4 reduções. No total, o valor do combustível vendido nas refinarias teve crescimento de 74%. Já o diesel teve 12 reajustes, sendo nove aumentos e três reduções, que totalizaram um crescimento no preço de 65%. O último reajuste aconteceu no dia 26 de outubro e levou a gasolina a custar R$ 3,19 e o diesel R$ 3,34. Apesar da estatal anunciar, no último dia 14 de dezembro, uma redução do preço da gasolina nas refinarias, a Acelen, empresa ligada ao fundo árabe Mubadala, que comprou da petroleira brasileira a Refinaria de Mataripe (antiga Landulpho Alves, RLAM), permaneceu com os mesmos preços cobrados. Com isso, o valor nas bombas dos postos de combustíveis de Salvador, na Bahia, se manteve no preço médio de R$ 6,59.
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A refinaria, que fica localizada em São Francisco do Conde, recém comprada e 100% operada em 1º de dezembro pelo fundo árabe, fornece combustível para postos de toda a Bahia. O preço cobrado nos postos é resultado dos custos do combustível na refinaria, da operação e da margem do lucro das distribuidoras e dos postos, e de impostos.
Fundo árabe tem autonomia para definir seus próprios preços
Já que a refinaria não pertence à Petrobras, a Acelen tem autonomia para definir seus próprios preços. Petrobras reduziu pela primeira vez desde junho o valor do litro de gasolina em suas refinarias, em cerca de R$ 0,10 (3%).
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De acordo com o G1, em Sergipe, os postos de combustíveis repassaram integralmente aos consumidores os R$ 0,10 de redução efetivada pela Petrobras e o litro passou a custar entre R$ 6,50 e R$ 6,55 em Aracaju. Já no Rio Grande do Sul, a gasolina saiu a R$ 6,58 o litro em Caxias do Sul, R$ 0,20 a menos que na terça. De acordo com o site GZH, essa redução é fruto tanto da movimentação da Petrobras quanto de uma promoção do posto.
Acelen respondeu, na última terça (14/12), em nota à imprensa: “A política comercial da Acelen é de ser competitiva, amparada em critérios técnicos e transparentes. Observamos as oscilações naturais do mercado, permitindo aos nossos clientes terem visibilidade e previsibilidade dos preços”.
De acordo com o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado (Sindicombustíveis, que representa os postos), atualmente a Acelen não possui modelo de precificação, mas deve seguir os preços praticados no mercado internacional de petróleo.
Situação pode mudar se as distribuidoras da Bahia passarem a importar combustíveis
O secretário-executivo da entidade, Marcelo Travassos, disse que os consumidores baianos dependem da política de preços da Acelen, porém a situação pode mudar se as distribuidoras da Bahia passarem a importar combustíveis caso essa operação seja economicamente mais viável.
Neste mês, em Salvador, os preços da gasolina atingiu os R$ 7,09 para o tipo comum sendo que na última segunda-feira (25) custava, em média, R$5,99. O etanol comum, por sua vez, foi vendido por mais de R$ 6 e o diesel alcançava o mesmo patamar.
Após a redução de preço anunciado pela Petrobras, na tarde de quarta (15), a gasolina comum com o menor preço estava saindo por R$ 6,42.