Ele destacou que o desenvolvimento do modal ferroviário vai modernizar a logística, aumentar a competitividade e a sustentabilidade do meio social, além de trazer mais segurança para as rodovias.
A afirmação foi feita ontem em coletiva de imprensa em Brasília sobre o plano de trabalho para os primeiros 100 dias de pasta. Dentre eles, o setor ferroviário é uma das principais preocupações, principalmente por conta dos projetos das ferrovias Ferrogrão e Integração Oeste-Leste (Fiol) – cujo trecho já foi licitado – e o projeto da Integração Centro-Oeste (Fico) , com o objetivo de promover o escoamento da produção do agronegócio brasileiro para os portos nacionais.
“Vamos investir nos grandes corredores de transporte, nas duplicações de rodovias e nas integrações ferroviárias para a ampliar competitividade da nossa economia. Estamos fazendo o reordenamento do ciclo de planejamento para os próximos quatro anos”, comentou o ministro, que prevê R$ 1,7 bilhão para as obras planejadas para o primeiro quadrimestre de 2023.
Conheça sobre o novo modal ferroviário
Sobre a Ferrogrão, Renan Filho destacou que vai trabalhar para destravar o projeto e disse que procurará a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para ouvir sua opinião sobre o projeto. Prevista para ter 933 km de via ligando Sinop (MT) e Mirituba (PA), a obra ferroviária foi paralisada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
- Novo trem custará 15 BILHÕES e ligará São Paulo ao litoral do estado
- Ferrovia que ligará dois estados brasileiros entra na mira do governo e vai receber investimento pesado de MAIS de 3 BILHÕES
- Como funcionam os aviões usados no combate a incêndios florestais? Descubra os detalhes da tecnologia e operação
- A incrível ferrovia africana de US$ 3,6 bilhões que conecta 2 das 3 capitais do país
O esforço está estruturado para ser o principal polo de distribuição de grãos do Mato Grosso, função que hoje é desempenhada pela BR-163, mas que enfrenta retrocessos há décadas, em parte por causa dos possíveis impactos ambientais desse projeto. Com a imagem já desgastada do projeto, o ministro disse não gostar do nome Ferrogrão. “Parece algo que vai contra o meio ambiente.”
Hidrovias
Na reorganização do governo federal, que eliminou o Ministério da Infraestrutura e criou dois ministérios dos Transportes, Portos e Aeroportos, Renan defendeu que o setor hidroviário deveria ser incluído em sua pasta. Em uma série de mudanças promovidas nas últimas semanas, o clipe está em uma pasta dirigida por Márcio França. Ele discutiu as responsabilidades da pasta com o ministro do Interior, Rui Costa, e com a secretária-executiva, Miriam Belchior, que concordaram com sua posição sobre hidrovias, mas frisaram que a decisão cabe ao governo federal.
Contribuição em outras infraestruturas
Na semana passada, o Ministério dos Transportes recebeu recomendações de ações prioritárias por meio de consulta pública. Foram mais de 6.000 contribuições, a maioria voltada para a melhoria da competitividade da infraestrutura e da logística para movimentação de mercadorias e pessoas.
Segundo o ministro, a ideia é ampliar os investimentos para fortalecer a competitividade internacional e proteger as condições ambientais do país. “Nosso objetivo é frear a involução da indústria nos últimos quatro anos. Estamos dispostos a melhorar nossos procedimentos para atrair mais investimentos privados.”