O ministro Renan Filho, afirmou nesta quarta-feira (18), que o Ministério dos Transportes colocou dentre suas prioridades para os 100 primeiros dias de gestão do governo novo a discussão do projeto da Ferrogrão com pasta do Meio Ambiente.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o bilionário projeto da construção da ferrovia para o escoamento da produção agrícola no Centro-Sul para os portos do Norte do país, ficaram travados por conta de preocupações ambientais. “Vamos defender o avanço da infraestrutura do país dentro das condições ambientais possíveis”, disse Renan Filho, durante apresentações de ações prioritárias para o seus 100 primeiros dias no comando do ministério.
Segundo Renan Filho, o ministério está com a expectativa de que haja viabilidade de concessão das obras do trecho atingindo 65%, hoje ela estão em cerca de 58%. “Falta cerca de 7% de execução de obra para atingirmos o que chamo de ‘ponto de equiíbrio’ entre haver ou não haver viabilidade de investimento privado”, declarou ele. De acordo com ele, o corredor deve já abarcar o trecho 2 da Fiol, que se localiza no oeste da Bahia, e possivelmente o trecho 3 da ferrovia, que se localiza em Goiás. Renan diz não prevê a utilização de recursos do orçamento nessas mãos de obra, tendo a expectativa de publicação de edital para obras remanescentes do lote 7F da Fiol 2 no mês de abril. Essas obras terão o financiamento por investimentos cruzados – que foram reservados pela antecipação da renovação das concessões.
Essa concessão do corredor é um projeto do Ministério da Infraestrutura que ainda estava sob o governo de Jair Bolsonaro (PL). Já a Ferrogrão é um projeto que não devemos considerar novo, pois foi pensado lá no governo Dilma.
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Para jornalistas, nesta quarta-feira (18), Renan diz que deve conversar com Marina Silva, para que eles consigam destravar o Ferrogão, que deverá abrir uma nova rota de escoamento de grãos por Mato Grosso até os portos de Pará. “De vez em quando, pode haver um ou outro conflito.. Mas não dá para equilibrar as duas coisas”, acrescentou ele em resposta a um jornalista que lhe questionou como será o diálogo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, crítica histórica do projeto.
Hoje, esse projeto está totalmente parado por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), desde uma ação direta de inconstitucionalidade protocolada feita pelo PSOL. O partido vem questionando o traçado da ferrovia, sendo determinada em medidas provisórias, que consequentemente alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim. Ainda nesta quarta-feira (18), Renan afirmou querer elevar a modal ferroviária para 40% da matriz logística nacional até o ano de 2035. Atualmente, apresenta menos de 20%.