Descubra as principais verdades e mentiras sobre o uso de carros flex, aditivos e hábitos comuns que afetam o desempenho e a segurança
O universo automotivo é repleto de crenças que, com o tempo, acabam sendo tratadas como verdades absolutas. 
No entanto, muitos dos hábitos ainda seguidos por motoristas brasileiros são baseados em mitos. Essas crenças se repetem desde os anos 1990.
Segundo o Instituto da Qualidade Automotiva (IQA, 2024), compreender o funcionamento dos veículos modernos é essencial para reduzir gastos e evitar danos mecânicos.
Carro flex: mito ou verdade?
Desde 2003, quando os primeiros veículos bicombustíveis foram lançados no Brasil, a tecnologia flex passou a permitir o uso de gasolina e etanol em qualquer proporção. Entretanto, há uma ressalva importante.
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A central eletrônica precisa identificar o combustível para fazer o ajuste ideal. De acordo com a Anfavea (2024), em carros sem injeção direta, ainda é recomendável rodar alguns quilômetros após o abastecimento com etanol se o veículo estava usando gasolina.
Isso acontece porque o sensor de oxigênio demora um pouco para reconhecer o novo combustível. Em contrapartida, motores mais modernos com injeção direta ajustam-se imediatamente.
Esse ajuste ocorre graças ao sensor de linha instalado nos dutos de combustível.
Aditivos e desgaste das velas
Outro mito recorrente envolve o uso de aditivos. Gasolina comum pode, sim, exigir aditivos com detergentes e dispersantes, conforme orientação da Petrobras (2024).
Contudo, produtos conhecidos como “octane booster” — que prometem elevar a octanagem — só funcionam quando contêm óxido de ferro. Essa substância pode destruir velas e catalisadores, segundo o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes).
Aquecimento do motor pela manhã
Durante décadas, motoristas brasileiros acreditavam ser necessário “esquentar” o motor antes de sair. Esse hábito era válido até o início dos anos 1990, quando predominavam veículos carburados.
No entanto, desde a popularização da injeção eletrônica, essa prática se tornou inútil. A central do motor já regula automaticamente a mistura de combustível e ar.
É suficiente deixar o carro ligado por 20 a 30 segundos, conforme manual da Bosch Automotive Systems (2023).
Lombadas e quebra-molas: vilões dos veículos
Embora criados para reduzir a velocidade, muitos quebra-molas no Brasil não seguem as medidas regulamentadas pelo Contran (Resolução nº 600/2016).
Por isso, eles podem causar danos à suspensão e ao alinhamento. Além disso, a prática de passar em diagonal torce o monobloco e danifica componentes estruturais.
O ideal, segundo o Denatran (2024), é atravessar o obstáculo em linha reta, sem acionar o freio.
Carros usados e quilometragem alta
Há quem diga que veículos com alta quilometragem são ruins de negócio, mas especialistas em manutenção afirmam o contrário.
Um carro com 150 mil km e revisões em dia tende a ser mais confiável que outro com 50 mil km e manutenção negligenciada.
O Sindirepa-SP (2024) reforça que o histórico de revisões é mais importante que o número no hodômetro.
Dupla embreagem e o caso Ford Powershift
O câmbio de dupla embreagem é uma das tecnologias mais eficientes já criadas. Contudo, a reputação do sistema foi abalada entre 2013 e 2016 devido a falhas no câmbio Powershift da Ford.
Apesar disso, a tecnologia segue como referência em eficiência e desempenho quando bem projetada, conforme estudo da Society of Automotive Engineers (SAE, 2023).
Portas travadas e segurança
Embora muitos acreditem que travar as portas aumenta a segurança, especialistas da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA, 2024) alertam para o risco do bloqueio total.
O travamento pode dificultar o resgate em caso de acidente. Carros modernos possuem travamento automático com destravamento em colisões, o que torna o procedimento mais seguro.
Turbo e consumo de combustível
Por fim, há quem diga que motores turbo consomem mais combustível, mas essa é uma meia verdade.
Conforme a Volkswagen do Brasil (2024), o turbo aumenta a eficiência ao reaproveitar gases do escapamento. Isso reduz o consumo em condições normais.
Contudo, se o motorista mantiver acelerações intensas, o gasto de combustível realmente aumenta.
Reflexão final sobre os mitos automotivos
Assim, muitos conceitos que pareciam inquestionáveis foram superados pelo avanço tecnológico. 
Separar mitos de fatos é essencial para prolongar a vida útil do carro e reduzir custos.

                        
                                                    
                        
                        
                        
                        
            
        
        
        
        
        
        
        
        
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