A Fortescue Future Industries, subsidiária da mineradora Fortescue Metals Group, investiu US$ 6 bilhões na construção de uma usina de hidrogênio verde no Ceará
A Fortescue Future Industries (FFI), subsidiária da mineradora Fortescue Metals Group, líder global na indústria de minério de ferro, investiu US$ 6 bilhões para a construção de uma usina de hidrogênio verde no Ceará. Isso se deve ao cenário promissor da fonte sustentável que tem como estimativa uma demanda de 200 milhões de toneladas em 2030.
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Usina de hidrogênio verde do Ceará fará parte do Hub de Hidrogênio Verde
A FFI assinou um memorando de entendimento com o governo do Ceará nesta quarta-feira (7). A usina fará parte do Hub de Hidrogênio Verde, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
A meta da mineradora é finalizar a construção o mais breve possível para poder operar em 2025 e produzir cerca de 15 milhões de toneladas de H2V até 2030. Segundo a CEO da empresa, Julie Shuttleworth, na FFI o objetivo é fazer do hidrogênio verde a commodity de energia mais comercializada do mundo e também impulsionar o uso da energia verde, aproveitando ao máximo os recursos de energia renovável no mundo para produzir uma eletricidade sustentável.
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Para Agustin Pichot, presidente da Fortescue para a América Latina, o Ceará possui uma ótima infraestrutura portuária e uma localização estratégica. O acordo para a construção da usina permitirá a transição energética do país para a neutralidade.
Outros investimentos da mineradora em H2V
A Fortescue possui outros investimentos em usinas de hidrogênio verde, além do Ceará, com o objetivo de alcançar a meta de zero emissões até o ano de 2030. A mineradora está com planos de iniciar a construção, ainda este ano, de uma usina para a produção de amônia verde que é derivada do H2V, na ilha da Tasmânia, na Austrália.
Além desses investimentos, em março, a mineradora já havia assinado um memorando parecido, com o governo do Rio de Janeiro, para operar no Porto do Açu, também voltado para o desenvolvimento de uma usina de hidrogênio verde.
A futura expansão do hidrogênio verde no Brasil
A demanda do H2V em 2020 foi de 90 milhões de toneladas e, em 2030, a estimativa é que esse número suba para 200 milhões de toneladas, de acordo com os cálculos da Agência Internacional de Energia (IEA).
O estudo leva em consideração a substituição do hidrogênio utilizado atualmente feito por meio de combustíveis fósseis. A diretora de sustentabilidade da IEA afirmou durante o Fórum Ministerial do Diálogo em Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia, que ocorreu no mês passado, que o Brasil tem um grande potencial para hidrogênio verde e já existem várias empresas atuando com papéis importantes nesse setor.