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Mark Zuckerberg e Elon Musk unem forças! Bilionários deixam rivalidade de lado para enfrentar inimigo em comum

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 21/12/2024 às 11:08
Atualizado em 23/12/2024 às 21:28
Mark Zuckerberg, Elon Musk
Foto: Reprodução

Deixando a rivalidade de lado, Mark Zuckerberg e Elon Musk surpreendem ao unir forças para enfrentar um inimigo em comum no cenário tecnológico global.

A rivalidade entre Mark Zuckerberg, CEO da Meta, e Elon Musk, dono da X (antigo Twitter), é uma das mais conhecidas no setor de tecnologia. Ambos os bilionários já divergiram sobre inteligência artificial, modelos de negócios e até protagonizaram polêmicas que quase chegaram ao embate físico.

Entretanto, algo inesperado vem acontecendo. Desta vez, os dois gigantes concordaram em unir esforços para contestar a OpenAI, liderada por Sam Altman.

Mark Zuckerberg, o terceiro homem mais rico do mundo, acumula uma fortuna impressionante de 207 bilhões de dólares. Já Elon Musk lidera o ranking como o mais rico do planeta, com um patrimônio avaliado em incríveis 444 bilhões de dólares. Somados, a fortuna da dupla é de 651 Bilhões de dólares.

O alvo de Mark Zuckerberg e Elon Musk: OpenAI e sua transformação controversa

No começo do mês de dezembro, a Meta apresentou uma solicitação ao procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, pedindo a intervenção contra a intenção da OpenAI de alterar sua condição de organização sem fins lucrativos para uma empresa lucrativa.

Segundo Zuckerberg, essa mudança desvirtua os princípios que sustentaram o crescimento inicial da OpenAI e prejudica o mercado.

A OpenAI quer mudar seu status, mantendo todos os benefícios que a permitiram chegar ao ponto em que chegou hoje. Isso é errado“, afirmou a Meta na carta.

Na carta, a Meta destaca que as práticas da OpenAI podem causar “impactos sísmicos no Vale do Silício” e representar “uma transformação de paradigma para startups de tecnologia“.

A empresa argumenta que esse modelo pode atrair investidores para criar organizações inicialmente sem fins lucrativos, arrecadar centenas de milhões de dólares em doações isentas de impostos para financiar pesquisa e desenvolvimento, e, posteriormente, converter-se em empresas lucrativas quando suas tecnologias alcançarem viabilidade comercial.

Sam Altman, CEO da OpenAI, já declarou anteriormente que a mudança seria essencial para atrair mais capital de investidores, mas isso vem levantando dúvidas sobre a transparência e o comprometimento original da organização em promover inteligência artificial segura e acessível.

A posição de Elon Musk

Elon Musk, que foi um dos cofundadores da OpenAI em 2015, decidiu sair da organização em 2018. Desde então, ele acusa a entidade de ter se desviado de sua missão inicial.

Elon Musk iniciou um processo judicial em novembro para tentar impedir a transição da OpenAI para uma empresa com fins lucrativos.

Em sua petição, Elon Musk argumentou que a OpenAI, junto com a Microsoft — sua maior investidora —, está formando um monopólio com fins lucrativos, limitando a competitividade no setor e prejudicando empresas emergentes, incluindo sua própria startup de IA, a xAI.

O comportamento anticompetitivo da OpenAI e da Microsoft não pode ser ignorado. Eles estão mirando diretamente em iniciativas concorrentes“, apontou Musk em sua petição.

Resposta da OpenAI

A reação da OpenAI não demorou. Em um post no blog oficial da organização, a empresa publicou uma série de e-mails datados de 2015. As mensagens mostram Musk debatendo com Sam Altman e outros cofundadores sobre o formato jurídico ideal para a criação da OpenAI.

Um trecho específico chama atenção: “Além disso, a estrutura não parece ideal“, escreveu Musk em resposta à sugestão de Altman para criar uma organização sem fins lucrativos.

A publicação sugere que Musk apoiou, em algum momento, a ideia de um modelo que permitisse a busca por lucros.

A OpenAI também destacou que a saída de Elon Musk em 2018 ocorreu devido à sua falta de fé no sucesso do projeto. “Musk acreditava que a probabilidade de sucesso da OpenAI era zero”, declarou a organização.

Mark Zuckerberg, Elon Musk e OpenAI

Nos últimos meses, a OpenAI tem atraído atenção tanto pelo sucesso de ferramentas como o ChatGPT quanto pelos altos investimentos recebidos.

Em outubro, a empresa anunciou ter captado US$ 6,6 bilhões em uma rodada de financiamento, elevando sua avaliação de mercado para impressionantes US$ 157 bilhões. Parte desse acordo exige que a OpenAI se torne lucrativa dentro de dois anos.

Enquanto isso, a Meta, de Mark Zuckerberg, planeja investir até US$ 37 bilhões em infraestrutura de IA. Elon Musk, por sua vez, já garantiu US$ 5 bilhões para expandir sua xAI.

O principal argumento da Meta e de Musk é que a mudança de status da OpenAI cria um precedente perigoso. Segundo Mark Zuckerberg, a transição pode incentivar outras startups a adotarem modelos semelhantes, utilizando incentivos públicos para fins lucrativos.

Não responsabilizar a OpenAI pode levar à proliferação de empreendimentos semelhantes“, escreveu a Meta em sua carta.

O mercado de inteligência artificial está em plena expansão, e qualquer alteração em gigantes como a OpenAI gera impacto em cascata.

Empresas menores e iniciativas inovadoras podem sofrer diante da formação de monopólios no setor, afetando diretamente a competitividade.

Meta e xAI

Mark Zuckerberg e Elon Musk estão liderando avanços na inteligência artificial, mas com abordagens e objetivos distintos. Enquanto a Meta aposta na conectividade e interação social, a xAI, de Musk, busca respostas fundamentais sobre o universo.

O Foco da Meta: IA no Cotidiano e no Metaverso

Mark Zuckerberg conseguiu transformar a Meta em uma das maiores empresas que usa inteligência artificial como base de suas iniciativa. Dá pra ver isso nas ferramentas de curadoria que eles colocaram no Facebook e Instagram, nos assistentes virtuais que aparecem nos chats e até na moderação de conteúdo, que agora é quase toda automatizada.

No metaverso, a IA virou peça-chave pra criar esses ambientes digitais super imersivos e ainda personalizar as interações entre os usuários.

Um momento que marcou foi quando lançaram o Llama 2, que é um modelo de linguagem bem avançado e, olha só, de código aberto. Parece que ele veio pra bater de frente com modelos como o GPT-4.

A ideia principal da Meta é democratizar o uso da inteligência artificial, ajudando empresas e desenvolvedores a criarem suas próprias soluções.

A Proposta da xAI: Ciência, Ética e Integração Tecnológica

Elon Musk, por sua vez, fundou a xAI com uma visão que se desvia das aplicações tradicionais da IA. A missão é ambiciosa: “compreender a verdadeira natureza do universo”.

Elon Musk, conhecido por suas críticas à falta de regulamentação na área, quer uma IA alinhada aos interesses humanos e transparente em suas decisões.

Diferente da Meta, a xAI não prioriza entretenimento ou redes sociais. Seu foco está em questões científicas e éticas, mas sem abandonar o mercado.

A empresa integra-se a outras iniciativas de Musk, como o Tesla, trazendo avanços na condução autônoma, e o Neuralink, que explora a interface cérebro-máquina.

Próximos passos e silêncio estratégico

Até o momento, nem Musk, Zuckerberg, Altman ou representantes da OpenAI responderam às solicitações de comentário sobre o caso. Enquanto isso, o debate se intensifica entre investidores, reguladores e outros players do setor.

Com bilhões de dólares em jogo e uma batalha judicial em andamento, o futuro da OpenAI pode definir novos rumos para a inteligência artificial global.

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Nadir
Nadir
22/12/2024 16:36

O Elon Musk está certo! Antes de tudo há necessidade URGENTE de regulamentação da IA, para que não venha a opor-se aos seres humanos.

Jack
Jack
Em resposta a  Nadir
23/12/2024 01:14

Musk, falando em regulamentação se ele mesmo com o X e contra tal tipo.

André Eugénio
André Eugénio
23/12/2024 03:49

Creio que se avizinha o surgimento de um fenômeno idêntico a Torre de Babel.

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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