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Ligado ao estaleiro EJA e Sete Brasil, ex-funcionário da Sembcorp Marine é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção em contrato de sondas

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 03/02/2020 às 06:40
Atualizado em 17/02/2020 às 15:31
Estaleiro EJA Sete Brasil Lava Jato Petrobras

Duas pessoas ligadas à construtora de sonda de Cingapura, Sembcorp Marine, foram acusadas de lavagem de dinheiro e corrupção relacionadas a um contrato de construção de sonda com a empreiteira brasileira de perfuração Sete Brasil.

A Sembcorp Marine informou nesta segunda-feira(03) que o Ministério Público Federal do Brasil (MPF) apresentou queixa contra Guilherme Esteves de Jesus (GDJ) por lavagem de dinheiro e pelo ex-funcionário Martin Cheah Kok Choon por lavagem de dinheiro e corrupção em conexão com certos contratos de construção de plataformas de perfuração firmado pelas subsidiárias da empresa com a Sete Brasil em 2012.

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Martin Cheah é o ex-presidente da Estaleiro Jurong Aracruz Ltda (EJA), subsidiária brasileira da SembMarine cujo emprego no grupo SCM foi encerrado em junho de 2015. As empresas conectadas ao GDJ foram contratadas pelas subsidiárias da empresa como consultoras no Brasil, com todos esses contratos de consultoria terem sido suspensos, e permanecerem suspensos, pelo grupo SCM, indefinidamente.

As acusações contra Martin Cheah e GDJ pelo MPF são de caráter pessoal e não contra a EJA.

À luz desses desenvolvimentos, a empresa disse que apresentaria um novo relatório de transação suspeita ao Departamento de Assuntos Comerciais da Força Policial de Cingapura.

Além de Martin Cheah, a empresa disse que não tinha conhecimento de nenhum outro funcionário passado ou presente da empresa que estivesse sujeito às investigações em andamento pelas autoridades brasileiras relacionadas à Operação Lava Jato

Operação Lava Jato

Em 2012, as subsidiárias da empresa assinaram vários contratos de construção de plataformas de perfuração com as subsidiárias da Sete Brasil. As empresas ligadas a Guilherme Esteves de Jesus foram contratadas pelas subsidiárias da empresa como consultoras no Brasil.

Em fevereiro de 2015, houve vários relatos da mídia de que, entre outros, Pedro Jose Barusco (PJB), ex-gerente de engenharia da Petrobras, havia feito declarações de que pagamentos ilegais haviam sido feitos em conexão com contratos firmados pela Petrobras e / ou Sete Brasil.

Após a publicação desses relatos da mídia, a empresa estabeleceu um Comitê Especial do Conselho, que nomeou consultores jurídicos de Cingapura e Brasil para conduzir investigações internas e aconselhar a empresa. A empresa anunciou em 30 de março de 2015 que havia recebido uma cópia de uma barganha entre a PJB e as autoridades brasileiras, na qual a PJB fez alegações contra a GDJ em conexão com os contratos e que a GDJ foi presa pelas autoridades brasileiras no final de março de 2015.

Em abril de 2017, o GDJ foi acusado pelas autoridades brasileiras e ele se defendeu das acusações quando seu julgamento começou em 2018.

Todos os contratos de serviços de consultoria prestados às subsidiárias da empresa por empresas conectadas ao GDJ foram suspensos e permanecem suspensos.

Em julho de 2019, as autoridades brasileiras executaram um mandado de busca no EJA em conexão com as investigações em andamento relacionadas à Operação Lava Jato e contra o GDJ, que foi preso pela Polícia Federal do Brasil. A empresa também soube que as investigações que levaram à execução do mandado de busca no EJA foram expandidas para incluir o MCKC.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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