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Instalação de plantas de produção de hidrogênio azul em plataformas offshore já existentes no pré-sal da Bacia de Santos pode ser rota para gás natural na transição energética

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 12/01/2022 às 09:35
gás - Hidrogênio - transição energética - offshore
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Estudos vão mostrar que o Hidrogênio pode ser rota para gás natural na transição energética e vão trazer as perspectivas para produção de três cores de hidrogênio no Brasil: o cinza, o azul e o turquesa

Segundo agência EPBR, os estudos que a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) deve lançar nos próximos dias vão levantar a possibilidade de instalar plantas de produção de hidrogênio azul em plataformas de petróleo e gás offshore já existentes no pré-sal da Bacia de Santos.

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Na entrevista, informa que o CO2 emitido no processo seria capturado e injetado nos reservatórios, tal qual é feito hoje com o gás natural.

“Estão sendo feitos estudos ainda para injeção de CO2, porque já temos a tecnologia pronta para injetar o gás natural nos reservatórios. É um gás mais ácido que o natural, mas estudos apontam essa possibilidade”, explica a analista Claudia Bonelli, que participou da elaboração da nota da agência EPBR.

A EPE, responsável pela elaboração dos estudos, comandada pela diretora de Estudos de Petróleo e Gás, Heloisa Borges, informou à agência EPBR que os estudos vão mostrar que o Hidrogênio pode ser rota para gás natural na transição energética e vão trazer as perspectivas para produção de três cores de hidrogênio no Brasil:

  • o cinza – produzido a partir da reforma a vapor do gás natural com emissão de carbono na atmosfera
  • o azul – mesmo processo, porém com captura e armazenamento do CO2 (CCS) emitido
  • o turquesa – obtido a partir da pirólise do gás natural, gerando carbono sólido, uma espécie de coque que pode ser reaproveitado em processos industriais.

Outro estudo de caso demonstrará a produção de hidrogênio azul onshore, em que o CO2 capturado seria transportado até a região do pré-sal para injeção nos reservatórios.

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EDP afirma que a produção de energia eólica offshore crescerá nesta década 

A EDP já finalizou as análises de viabilidade do seu projeto BEHYOND, que visa a produção de hidrogênio verde a partir da energia eólica offshore. Já imaginou como seria produzir hidrogênio verde em alto mar através da energia eólica offshore? É possível! Esta foi a conclusão da primeira fase do projeto liderado pela EDP, BEHYOND, em consórcio com a TechnipFMC, WavEC, CEiiA e a Universidade Norueguesa USN.

Ao fim de aproximadamente seis meses, o projeto BEHYOND da EDP finaliza as análises de viabilidade técnico-econômica para geração de hidrogênio verde a partir da energia eólica offshore, ou seja, em alto mar, onde os recursos eólicos são maiores, de acordo com a empresa em um comunicado. 

Nesta fase, que teve os fundos europeus como apoio pelo caráter inovador da investigação, foi criada uma análise de várias configurações para um módulo de geração de hidrogênio verde offshore, onde a eletrólise é realizada com recurso da eletricidade que é gerada por parques de energia eólica offshore, de acordo com os responsáveis pelo projeto da EDP.

De acordo com a empresa, a produção de energia eólica offshore deve crescer de forma significativa até 2030 e o projeto BEHYOND comprova que há um grande potencial para se ter uma dupla produção de energia renovável no mesmo local, criando sinergias nas infraestruturas, pontos de rede e cabos de transporte de energia até a “terra firme”. 

Projeto da EDP terá sua viabilidade com investimentos de outras empresas 

Segundo a EDP, a configuração estudada no projeto pode ser instalada em todo o mundo, gerando e transferindo o hidrogênio verde em larga escala. Este desenvolvimento tecnológico é pioneiro no crescimento da cadeia de valor do combustível no contexto de uma economia azul e poderá ser a solução para que a competitividade dos parques de energia eólica offshore seja expandida. 

A primeira fase do projeto da empresa concluiu que a viabilidade econômica será alcançada com os avanços da cadeia de valor e da indústria de hidrogênio verde e, além disso, por meio dos investimentos das empresas que estão se posicionando no mercado, complementado por fundos de apoio à inovação. 

Aumento da procura por energias renováveis viabilizará o projeto 

De acordo com a EDP, outra forma de viabilizar o projeto será com o fomento para que a indústria acelere o processo de transição para as energias renováveis, expandindo a procura por projetos como este. 

A empresa coordenou o projeto por meio da EDP NEW R&D e da EDP Inovação, e também foi responsável pela avaliação estratégica do mercado de energia eólica offshore e hidrogênio verde, pela definição de casos de negócio, e também pela inovação tecnológica que será necessária para tornar possível a entrada destas soluções no mercado. 

O projeto junta a empresa e a TechnipFMC, uma empresa líder na criação de projetos e soluções de engenharia offshore, os centros de investigação CEiiA, a Universidade de South-Eastern Norway e o WavEC-Offshore Renewables. Leia a matéria completa aqui.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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