IFCE prevê possibilidade de usar a casca de banana na indústria farmacêutica e de alimentos e o mais importante: substituir alguns derivados do Petróleo
Pesquisadores do IFCE, Instituto Federal do Ceará, precisamente no Campus, de Iguatu no Ceará, estudaram o reaproveitamento de algumas substâncias da casca de banana. Um dos objetivos é usar a casca de banana em espaços na indústria de alimentos, como parte da composição de embalagens ou como uma grande substituta de produtos derivados de petróleo em geral.
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Com o estudo da casca de banana pelo IFCE, foi encontrada uma substância chamada lignina, que normalmente é descartado da fruta. De acordo com os pesquisadores do Ceará, a substância da casca de banana tem possibilidade de ser aplicada na indústria farmacêutica, alimentícia e no setor de produtos, que atualmente usa derivados de petróleo para fabricar fertilizantes, pesticidas, aditivos para concretos e polímeros.
De acordo com o professor do IFCE, Francisco Avelino, o processo usado no estudo do Ceará foi o organossolve, na casca de banana, que permite a divisão de biomassa vegetal em celulose, lignina e hemicelulose com um grau enorme de pureza.
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A produção do componente que promete substituir derivados dos de Petróleo no Ceará pode começar em breve
De acordo com Avelino, apesar da casca de banana ter sido usada como base no estudo, a lignina pode ser encontrada em outras frutas e vegetais, porém, em Iguatu, a produção e o plantio de banana é mais predominante, favorecendo a sua utilização na pesquisa.
“Em todo Iguatu, em especial a região do Centro-Sul, sempre haverá grandes produtores da futura substituta do petróleo. Nesse caso se trata de um resíduo doméstico, uma vez que a população come a fruta e acaba descartando a casca, como também um resíduo das indústrias já que na fabricação de doces a banana é predominante e o uso das cascas são descartadas ou reaproveitadas em outras indústrias como a produção de combustíveis para fornos, outrossim é uma aplicação pobre e que desperdiça muito a produção química da casca de banana que poderia ser utilizada para gerar energia”, destacou o especialista.
Pesquisa no IFCE e a indústria de petróleo
Segundo Francisco Avelino, a pesquisa da futura substituta do petróleo, começou em agosto de 2019 e foi um projeto iniciado com um aluno do curso de licenciatura em Química, no IFCE do Campus Iguatu, e, em seguida, precisou ser substituído. Por conta da chegada da pandemia, o projeto atrasou e durou um pouco mais de um ano para se desenvolver.
A pesquisa foi financiada pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP), e, além dela, vieram apoios como Universidade Federal do Ceará (UFC) e também da Embrapa Agroindústria Tropical.
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