A nova parceria da Hydro e UFPA realizará uma série de estudos para instalação de painéis solares flutuantes na mina de bauxita, reduzindo custos com energia elétrica e contribuindo com o meio ambiente
A Universidade Federal do Pará (UFPA) pretende instalar painéis solares flutuantes na parte do reservatório de água da Hydro Paragominas, desse modo haverá uma redução da evaporação de água durante o processo nós reservatórios da mina, construindo não somente na economia de água da planta, mas também no processo de reaproveitamento.
Leia também
UFPA e Hydro falam sobre o novo projeto de painéis soares flutuantes
Com duração inicial de dois anos, a UFPA relata que essa nova parceria para o projeto de energia solar fotovoltaica fortalece o interesse das empresas brasileiras na redução de gases poluentes.
O projeto da UFPA reduzirá não somente os custos com energia elétrica, mas também ajudará a reaproveitar toda a água utilizada na planta de mineração de bauxita da empresa. A Hydro terá uma redução acentuada durante o processo, uma vez que as placas flutuantes auxiliarão no processo.
- Projeto Noronha Verde: Transição Energética e Caminho para Fontes Renováveis em Fernando de Noronha pela Neoenergia
- Como a aquisição da AES Brasil coloca a Auren no topo: descubra a terceira maior geradora de energia do Brasil e seu segredo de sustentabilidade
- Reciclagem criativa: turbinas eólicas viram minicasas! Designers revolucionam setor ao dar nova vida a equipamentos antigos e enfrentar um dos maiores desafios da energia sustentável
- China e Brasil se juntam para impulsionar a energia eólica offshore: você sabia que o Brasil possui um dos maiores potenciais eólicos marítimos do mundo?
Uso de placas de energia solar fotovoltaicas flutuantes crescem no mercado brasileiro
A adoção de instalações fotovoltaicas flutuantes representa uma expansão na capacidade de geração de energia e contém inúmeras vantagens em relação aos sistemas fotovoltaicos usuais, tais como:
- Possibilidade de instalação em reservatórios de usinas hidrelétricas viabilizando a instalação próxima ao centro de consumo;
- Maior eficiência (cerca de 11% a mais em relação a sistemas terrestres) em decorrência do resfriamento natural;
- Redução nas perdas por sujidade e, facilidade de instalação, uma vez que nesta modalidade medidas como o nivelamento do local tornam-se dispensáveis.
Além disso, a escolha do lugar de implantação do sistema é pautada, na tentativa de melhorar a qualidade da água, reduzir as taxas de evaporação dos reservatórios da UHE.
Diretor da Hydro e reitora da Universidade Federal do Pará falam sobre a importância do projeto
“Essa pesquisa está alinhada com o objetivo da Hydro de ser cada vez mais sustentável. Se os resultados forem positivos, poderemos economizar ainda mais água em nossos processos e fornecer uma alternativa de energia renovável para nossas operações. É um benefício para a companhia e para a conservação do meio ambiente. Temos o compromisso de estar sempre inovando em busca de processos produtivos mais sustentáveis e a UFPA tem sido uma parceira importante neste objetivo”, afirma Evilmar Fonseca, diretor industrial da Hydro Paragominas.
Já para Iracilda Sampaio, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UFPA, a sustentabilidade ainda é um tema recente no Brasil, mas é extremamente necessário para modernização do mercado energético brasileiro.
“A Universidade possui em seu quadro equipes de pesquisa competentes no campo da energia sustentável e essa parceria da UFPA com a Hydro, usando painéis solares para produção de energia, é muito oportuna no momento. Vivemos em uma região rica em sol e em água e temos todas as condições de avançar nesta área de pesquisa, em uma parceria importante universidade-empresa. Nossas expectativas são muito grandes quanto ao sucesso desse empreendimento”, disse.
Mina da Hydro Paragominas
A mina de Paragominas é uma grande mina localizada na parte norte do Brasil no Pará. Paragominas representa uma das maiores reservas de bauxita do Brasil e uma das maiores da América do Sul, com reservas estimadas em 1 bilhão de toneladas.