Greve do gás pode acontecer em decorrência da alta de preço repassado pela Petrobras para as distribuidoras
Uma paralisação dos revendedores de gás do estado de São Paulo pode acontecer no dia 1º de fevereiro – o protesto será realizado contra os aumentos no GLP, o chamado gás de cozinha, promovidos constantemente pela Petrobras.
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Apesar da previsão, ainda não foi definido se as empresas vão só abaixar as portas ou se vão estacionar caminhões na entrada das principais distribuidoras de gás por conta da alta de preços da Petrobras a fim de paralisar a distribuição nas cidades de Mauá e São José dos Campos.
O movimento é programado pela SP Gás e pela Associação dos Revendedores do Estado de São Paulo (Apregás). Em um primeiro momento, apenas SP confirmou participação na greve, contudo, revendedores da Bahia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro também podem aderir.
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Paralisação das distribuidoras de gás – Petrobras não se manifestou
Em entrevista ao bahia.ba, o diretor do Sindicato Dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (SinRevGás) Robério Souza afirmou que já é estudada a possibilidade de paralisação das atividades no estado. De acordo com ele, a ideia de São Paulo é realizar uma mobilização nacional, mas por necessitar de mais organização, a participação ainda não foi definida.
Conforme Robério Souza, como o gás de cozinha é um produto de primeira necessidade, uma das ideias já levantadas para a participação no protesto seria a de paralisar as entregas e manter apenas as lojas de revendas abertas, a fim de não penalizar a população.
Para ele, as mudanças na política interna da Petrobras são responsáveis pelo grande número de reajustes. Em Salvador, por exemplo, o preço médio do gás de cozinha já gira em torno de R$ 90.
“Gostaríamos de abrir um debate com a Petrobras para rever a política de precificação em um produto de primeira necessidade, pelo menos nesse momento de pandemia. (…) Está pesando no bolso do consumidor”, frisou.
“Desde o início da pandemia o preço do GLP para os revendedores subiu 49%. Tivemos de diminuir as nossas margens porque o consumidor não tem condições de assimilar esses reajustes”, diz à Veja Adhemar Neto, vice-presidente da Apregás.