Após encerrar sua produção e sair do Brasil, Ford vai ter que indenizar trabalhadores demitidos em SP. A fábrica da Bahia ainda está em negociações
Na última terça-feira, (06/04), a Ford fechou um acordo com o sindicato sobre a indenização a ser paga a trabalhadores demitidos pelo fechamento de sua fábrica de motores e transmissões em Taubaté, no interior de São Paulo. A empresa anunciou em janeiro deste ano sua saída do país e interrompeu toda fabricação de veículos no Brasil. Após montadoras paralisarem fabricação de veículos em 29 fábricas no Brasil, Volkswagen e Toyota retornam produção no país
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Além das verbas rescisórias legais, a multinacional Ford vai pagar entre um e dois salários por ano trabalhado na fábrica – a depender da categoria do empregado (horista ou mensalista) -, sendo garantido o pagamento mínimo de R$ 130 mil em indenização por funcionário. Valerá a condição mais vantajosa ao trabalhador.
Além disso, funcionários desligados serão inseridos em um programa de qualificação para voltarem ao mercado de trabalho
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Negociação entre a montadora e sindicato de SP teve 25 rodadas
Resultado de 25 rodadas de negociação entre a Ford e o sindicato local, o acordo prevê ainda investimentos da montadora num programa de qualificação dos funcionários desligados, visando a recolocação no mercado de trabalho. O aporte será de R$ 700 por trabalhador horista efetivamente desligado.
Conforme informações do sindicato local, a votação realizada na fábrica teve aprovação do acordo apertada: 55,3% dos empregados foram favoráveis. Aproximadamente 800 pessoas trabalham na fábrica da Ford em Taubaté.
De acordo com o cronograma de fechamento da unidade, a fábrica de veículos seguirá produzindo peças ao mercado de reposição até o dia 16 de abril. Até o fim de julho, todos os equipamentos estarão desligados.
Em um movimento contrário aos de Ford e Chevrolet, a multinacional fabricante de autopeças Bosch decidiu trazer sua produção dos EUA para o Brasil
A multinacional alemã fabricante de autopeças Bosch foi de contra o movimento das fabricantes de automóveis Ford, Chevrolet, Honda, Audi, (Volkswagen), Scania, Volvo e Mercedes-Benz, Nissan e Renault que decidiram retirar ou diminuir produções no Brasil, e trouxe para o Brasil a produção de injetores e bicos de injetores para caminhões que eram produzidos em suas fábricas nos Estados Unidos, ampliando assim, a divisão de sistemas de injeção diesel em sua fábrica de Curitiba.
Além disso, a intenção da multinacional alemã é abastecer não só o mercado interno, mas também exportar uma grande quantia – que pode chegar a até metade da produção.