Licitação da Equinor terá contrato de oito anos, o primeiro de longo prazo desde que se iniciou a crise no setor de óleo e gás
No início do ano a Equinor achou petróleo á Oeste de Carcará e notificou à ANP, de lá para cá a petroleira norueguesa (ex-statoil) tem agitado bastante o mercado offshore brasileiro.
A Equinor lançou na última sexta-feira uma licitação para contratação de uma sonda de perfuração para o desenvolvimento do campo de Carcará, na bacia de Santos.
É a primeira ação de uma empresa estrangeira licitando a contratação de uma sonda em um contrato de longo prazo. O negócio prevê quatro anos, prorrogáveis por mais quatro e a sonda deverá estar disponível para iniciar as perfurações entre maio e junho de 2021.
Segundo o edital da licitação o equipamento deverá ser capaz de operar a 3 mil m de lâmina d’água e deverá operar por oito anos ininterruptos, pois como irá perfurar de 18 a 20 poços, a tendência é que a petroleira renove o contrato ao menos mais duas vezes.
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A má notícia é que nenhuma empresa brasileira foi convidada a participar da licitação. O processo que vem sendo conduzido pela Equinor da Noruega que especificou que a sonda seja equipada com sistema de gerenciamento de pressão (MPD) e dual activity.
Como nenhuma empresa nacional tem um equipamento disponíveis para atender às exigências contratuais, a licitação deve mesmo ficar com as favoritas EnscoRowan, Transocean e as norueguesas Seadrill e Odfjell. As empresas tem 5 semanas para a apresentação das propostas.
FPSO e Subsea
Comenta-se no mercado que a iniciativa da Equinor de licitar agora uma sonda que só vai perfurar em 2021 é um forte sinal que a petroleira quer se adiantar frente a alta demanda por este tipo de equipamento nos próximos anos.
O primeiro óleo do campo de carcará está previsto para entre 2023 e 2024 e três anos e meio depois já está previsto o início da fase complementar do ativo que foi adquirido na 2ª rodada de partilha de produção, em 2016, em parceria com a ExxonMobil (40%) e a Galp (20%).
A sonda West Saturn, da Seadrill termina este mês a campanha de perfuração em Carcará e enquanto isso a Equinor está no mercado discutindo os FEEDs (engenharia de pré-detalhamento) para o FPSO, que pode ser o maior do pré-sal (220 mil barris/dia) e o SURF (risers, umbilicais e flowlines submarinos) do projeto.
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