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Entenda porque a Black Friday não funciona no Brasil

Escrito por Luciana Ramalhao
Publicado em 22/11/2021 às 14:01
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Imagem: Black Friday no Brasil. Fonte: Mises Brasil

A Black Friday representava o maior dia de compras dos Estados Unidos, além de alavancar as vendas e possibilitar a renovação de estoque. Contudo, aqui no Brasil, ela nunca funcionará. Saiba a verdadeira história por trás deste tão esperado dia.

O dia seguinte ao Dia de Ação de Graças (em inglês thanksgiving) – comumente conhecido como Black Friday – tornou-se um dos dias de compras mais movimentados do ano nos Estados Unidos. O evento agora adquiriu importância global e não está mais confinado aos Estados Unidos, se tornando um importante evento aliado ao mundo dos negócios, especialmente para várias gigantes do comércio, para atender às suas necessidades de compras do período festivo de final de ano.

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Aqui no Brasil o evento começou a dar seus primeiros passos em 2010, com foco em vendas online, e tem ganhado força nos últimos anos entre os comércios que apostam em promoções neste dia, que pode se estender até por semanas, para impulsionar as vendas antes do natal. Contudo, a Black Friday nunca funcionará no Brasil! Entenda o porquê!

Conheça a verdadeira história por trás do nome Black Friday

Muitos acreditam que o termo Black Friday deriva do conceito de que as empresas americanas operam com perdas financeiras, ou estão “no vermelho”, até o dia após o Dia de Ação de Graças, quando as vendas maciças finalmente permitem que elas tenham lucro, ou sejam “no preto.”

Nos EUA, o saldo negativo é representado pela cor vermelha e o saldo positivo é representado pela cor preta, um pouco diferente daqui do Brasil onde o saldo positivo é representado pela cor azul. No entanto, esta história de que a Black Friday então seria um evento onde os lojistas americanos liquidariam seus estoques para levar as finanças para um saldo positivo, ou seja, para o preto, isso também não é totalmente verdade.

A verdadeira origem da Black Friday tem diversas histórias, e a mais conhecida remonta do caos. Uma explicação mais precisa do termo tem início dos anos 1960, quando os policiais da Filadélfia, nos EUA, começaram a usar a frase “Black Friday” para descrever o caos que resultou quando um grande número de turistas suburbanos veio à cidade para começar suas compras de Natal e, em vários anos seguintes, para assistir ao jogo anual de futebol americano do Exército e da Marinha.

As enormes multidões criaram uma dor de cabeça para a polícia, que trabalhava em turnos mais longos do que o normal enquanto lidava com congestionamentos, acidentes, furtos em lojas e outros problemas na cidade.

Veja este vídeo para conhecer a origem do termo Black Friday, que ganhou o mundo e gera polêmica

A origem do termo Black Friday, que ganhou o mundo e gera polêmica.

Em poucos anos, o termo Black Friday criou raízes na Filadélfia, e então, os comerciantes da cidade tentaram dar uma cara mais bonita ao dia chamando-o de “Big Friday” (o significado literal do termo seria “A Grande Sexta-feira”). Desta forma, os comerciantes começaram a espalhar a narrativa do aumento positivo nas vendas, ou seja, do lucro vermelho com o preto.

A Black Friday foi descrita como o dia em que as lojas começaram a apresentar lucro no ano, pois este momento alavancavam as vendas e possibilitava a renovação de estoque, e ainda representava o maior dia de compras dos Estados Unidos.

Durante este dia, as pessoas fazem filas nas postas das lojas desde cedo, afinal, os descontos são astronômicos. Mas isso é nos Estados Unidos!

Tudo isso faz sentido para o cenário americano, pois o Dia de Ação de Graças é o feriado mais importante do país, e consequentemente, o maior período de vendas, diferentemente do Brasil. No Brasil, a data comemorativa – e lucrativa – mais importante é o natal. Então essa história de Black Friday no final de novembro, lembrando que a ideia é alavancar as vendas para renovação de estoque, não faz sentido.

E você, já está se preparando para aproveitar alguma oferta da Black Friday este ano?

Luciana Ramalhao

Arquiteta e Urbanista e Mestre em Planejamento e Desenvolvimento Urbano Regional. Conhece inúmeros projetos distribuídos em quase 20 países pelos quais já visitou. Além da construção civil, atua como pesquisadora científica e copywriter. Atualmente mora no Canadá, onde está fazendo mais uma especialização.

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