Cientistas estão bem perto de produzir a tão sonhada energia solar através de uma estação espacial. Diversos países e empresas já estudam a possibilidade de geração de energia renovável em órbita terrestre
A energia solar é uma das mais queridas em energia renovável, entretanto, até agora o único empasse é que ela necessita de dias ensolarados para gerar eletricidade. Pensando nisso, cientistas estão planejando desenvolver uma estação espacial de energia solar para que seja possível ter energia renovável infinita. Essa ideia já está há tempos nas mentes brilhantes, mas agora pode estar mais perto de sair do papel.
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Ideias inovadoras com base em ideias antigas querem colocar uma estação espacial solar em órbita até 2050
Criar este tipo de estação espacial de energia solar exige muito investimento e tecnologia. Entretanto, empresas como a SpaecX, Virgin Galactic e Blue Origin estão trabalhando para tornar as viagens espaciais mais baratas e acessíveis, sendo assim, a ideia de fazer uma “usina” de energia solar no espaço e solucionar a demanda de energia renovável pode estar mais perto de ser produzida.
Apesar de parecer uma ideia inovadora, um dos primeiros cientistas a pensar em utilizar energia solar do espaço foi o russo Konstantin Tsiolkovsky, em 1920, quando ainda nem mesmo existiam satélites ou foguetes. Entretanto, o responsável por tornar a ideia de estação espacial de energia renovável famosa foi o escritor de ficção científica, Isaac Asimov.
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O escritor sempre contou com leitores cientistas, fazendo com que diversos estudos sobre o tema fossem inspirados. A ideia era que, como a radiação solar é basicamente infinita, isso lhe dava uma vantagem em relação aos combustíveis fósseis que o mundo dependia e depende. Sendo assim, faria sentido desenvolver uma estação espacial que capta energia solar diretamente da fonte.
Acessibilidade de preços pode acelerar projeto da estação espacial de energia renovável
O empasse é que estações de energia solar como a idealizada pelo cientista ainda não foram desenvolvidas, há diversos métodos de propostas, onde uma delas é criar uma série de pequenos satélite que ficam próximos um dos outros, formando uma grande e única placa de energia solar.
Em 2017, cientistas da Califórnia desenvolveram um design para uma estação espacial de energia renovável que funcionava desta forma, com milhares painéis de energia solar com medidas de 10 cm x 10 cm. Atualmente, a SpaceX, de Elon Musk, já atua com uma constelação de satélites para ofertar serviço de internet, com o projeto Starlink.
Há informações de que esses satélites possam ser usados de forma adaptada para a geração de energia renovável. No último ano, o jornal britânico “The Telegraph” ressaltou que o grande uso de satélites pela empresa fez com que o preço da tecnologia ficasse menor. Entre os anos 70 e 2000, para colocar um quilo na órbita terrestre era necessário R$ 105 mil. De lá para cá, esse valor caiu para cerca de R$ 10 mil.
Cientistas de vários países planejam desenvolver uma estação de energia solar no espaço
No último ano, o Reino Unido anunciou que planeja desenvolver uma estação de energia renovável com 1.700 metros de largura, que seria enviado ao espaço por partes. Seriam enviadas peças do tamanho de um computador doméstico que seriam montados por robôs e pesariam 2 mil toneladas a uma altura de 35 mil quilômetros da terra.
Já em 2019, os chineses anunciaram o projeto “Ômega” e de lá para cá já começaram testes para encontrar a melhor forma de transmitir a energia solar para a terra. Não foram divulgados detalhes, mas o projeto terá capacidade de produzir até 2 GW de energia renovável por ano.